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    Embedded Finance: o fenômeno que está transformando empresas em “bancos”

    Publicado em 22 fev 2021.

    Tempo de leitura 11 minutos de leitura

    Nos últimos anos, além de termos assistido a mudanças profundas no mercado financeiro, também nos familiarizamos com conceitos e tendências que são parte essencial de toda essa transformação pautada pela descentralização, entrada de novos players e inclusão financeira. E, entre esses movimentos, está o Embedded Finance.

    Para explicar o que é esse fenômeno e como ele fará parte de uma grande evolução na distribuição de serviços financeiros, conversamos com Bruno Diniz, especialista em inovação no setor, co-fundador da Spiralem, Diretor América do Sul na FDATA (Financial Data & Technology Association), professor da Fundação Dom Cabral e do MBA da USP e autor do livro “O Fenômeno Fintech”.

     

    Assista ao vídeo resumo e confira a entrevista na íntegra!

    Para começar, o que é Embedded Finance?

    O significado literal de Embedded Finance é “finanças embutidas”. Então, basicamente, esse conceito diz respeito a dar capacidade de distribuição de soluções financeiras a empresas que não necessariamente atuam no setor financeiro. O seu objetivo é possibilitar que elas possam atuar no segmento e oferecer produtos e serviços financeiros para a sua base de clientes e usuários.

    Sendo assim, o Embedded Finance está relacionado com essa transformação do mercado financeiro, que faz com que a linha de separação entre o provedor de serviços financeiros “tradicional” e os novos provedores — que não são bancos nem fintechs —  fique cada vez mais tênue.

    Participando desse movimento, temos desde varejistas a empresas de telefonia e de tecnologia, entre outras, que começam a adentrar nessa seara à medida que a barreira tecnológica e regulatória vai ficando mais baixa e que passam a existir provedores de serviços de Banking as a Service que proporcionam essa oportunidade.

    Quais tipos de produtos financeiros podem ser “embutidos” por essas empresas?

    Produtos como carteiras digitais, contas correntes, contas digitais, crédito, seguro, empréstimos, entre outros serviços.

    Além disso, também abrimos esse leque para uma série de outras soluções que entram debaixo desse guarda-chuva de Embedded Finance – como Embedded Fintech e Embedded Insurance, por exemplo.

    Além do ganho financeiro, quais outras vantagens as empresas têm ao “embeddar” serviços financeiros no seu ecossistema?

    O ganho financeiro é, com certeza, uma das principais vantagens do Embedded Finance, pois você ganha tanto na monetização que vai ter com os seus clientes, quanto na “independência” em relação aos bancos para operações como pagamento de salários ou de fornecedores sem passar por essas instituições.

    Mas, não é só isso: outra grande vantagem é a possibilidade de criar um ecossistema de soluções robusto e capaz de manter o cliente mais próximo de você.

    Vamos pensar em um varejista, por exemplo. Ao agregar soluções financeiras, ele tem uma grande oportunidade de bancarizar os consumidores. Além disso, pode também incluir parcerias com diversas empresas — como aplicativos de entrega ou mobilidade — e passar a oferecer a eles uma cesta muito maior de soluções. Isso se torna um grande atrativo para o cliente, pois ali vai encontrar soluções para diferentes âmbitos da sua vida.

    Quais são os fatores que estão permitindo o surgimento e a evolução da tendência do Embedded Finance neste momento?

    Existem três fatores que nos permitiram chegar ao Embedded Finance. O primeiro diz respeito à evolução da regulação. Se olharmos para o mercado financeiro de vinte anos atrás, não tínhamos tantos novos entrantes. Ele era muito mais fechado em relação à prestação de serviços financeiros e era limitado a poucas instituições. Com o passar do tempo, o Banco Central abriu a concorrência e criou diferentes possibilidades para, de fato, abarcar esses novos entes.

    Já o segundo ponto diz respeito à própria tecnologia, que foi se tornando mais acessível. Há vinte anos, para montar uma operação digital você precisava de muitos recursos. Isso tornava a estrutura necessária extremamente cara para quem quisesse entrar nesse jogo.

    E aí chegamos no terceiro que é, justamente, o surgimento de prestadores de serviços de Banking as a Service que dominam essa expertise tanto do ponto de vista regulatório quanto do ponto de vista tecnológico. Assim, conseguem colocar tudo isso em prática para tornar essa transformação possível.

    Portanto, hoje, é mais fácil do que nunca criar um banco digital ou embeddar soluções financeiras no seu negócio. Mas, se você tentar fazer isso com a estrutura que possui dentro de casa, a dificuldade será muito grande. Ter o suporte de empresas atuantes, que sabem o caminho das pedras e têm vários cases nas costas, fará toda a diferença para conseguir alavancar a sua operação.

    Na sua opinião, quais são os cases mais emblemáticos dessa tendência no Brasil?

    No Brasil, esse fenômeno ainda é bastante recente, mas temos alguns casos de sucesso e de grande potencial. A banQi, do Grupo Via Varejo, é um exemplo, assim como a Voltz, do Grupo Energisa, que também está começando a desenvolver soluções financeiras.

    É verdade que ainda são poucos cases, mas sabemos que existe um potencial gigante, especialmente em alguns segmentos de atuação. Imagine a grande oportunidade que grandes varejistas terão para atuar na inclusão financeira dos consumidores.

    A Casas Bahia (também do Via Varejo), por exemplo, lida com a base da pirâmide e tem uma possibilidade de acesso a esses consumidores muito maior do que os grandes bancos. A sua percepção em relação à prestação de serviços financeiros para esses clientes também será muito maior. Isso sem falar do ambiente da loja, que é muito mais friendly que o ambiente austero de um banco.

    Outro caso interessante é do Mercado Livre, que é uma empresa muito grande no mercado financeiro e que está cada vez mais colocando o pé em outros setores. Companhias com uma base grande de consumidores e com uma percepção muito positiva no mercado têm todas as razões possíveis para começar a atuar com Embedded Finance.

    Como o Embedded Finance ajuda na inclusão financeira no Brasil e nos outros países da América Latina?

    Durante um bom tempo, na América Latina, tínhamos poucas opções de instituições financeiras e baixa competição, com taxas cobradas muito similares.

    Agora, estamos vendo uma entrada massificada de players no mercado financeiro. Isso foi progressivo: há cinco ou oito anos atrás, as fintechs começavam a emergir como competidoras. Contudo, elas tiveram toda uma escalada para se tornarem grandes o suficiente para fazer frente às grandes instituições.

    Com o Embedded Finance teremos mais um impulso nessa virada de chave. Hoje, diversas empresas já estabelecidas começam a oferecer serviços financeiros na nossa região, o que abre um leque de alternativas imenso.

    Além disso, essa transformação traz a possibilidade de inclusão financeira de várias pessoas que não eram de interesse comercial dos bancos. A partir dessa mudança, elas passam a poder utilizar serviços financeiros, também porque esses novos players têm um entendimento diferente a respeito desse perfil de consumidor.

    Em função disso, atualmente, a fricção para alguém ter a sua primeira conta ou começar a ter acesso a produtos desse tipo está diminuindo consideravelmente. Você pode não ser bancarizado, mas você consome, de alguma forma, alguma solução não-financeira ofertada por alguma empresa.

     A entrada dessas novas instituições de outros setores no mercado financeiro representa um grande avanço em termos de inclusão e bancarização na América Latina.

    Qual é a relação entre Embedded Finance e os dois recentes marcos regulatórios brasileiros: o Pix e o Open Banking?

    O Pix consegue trazer mais uma camada de nivelamento entre as instituições que participam desse mercado, vindo como um elemento que ajuda a dar mais força para esse pacote de ofertas que se tornam possíveis nessa nova realidade de Embedded Finance.

    Da mesma forma, o Open Banking é mais uma dessas camadas. Possibilitando que os dados dos clientes circulem entre as instituições autorizadas a participar desse ambiente, ele consegue destravar ainda mais todo esse potencial.

    Se você for um player de fora do segmento financeiro, um app de entrega, por exemplo, você já tem uma leitura muito maior do seu público alvo. Digamos que está oferecendo produtos financeiros para restaurantes. Você vai entender a sazonalidade, saber quem tem uma boa cota e como isso impactaria aqueles que tiverem que pagar um empréstimo.

    O Open Banking diz respeito ao empoderamento do cidadão em relação aos seus próprios dados. É sobre como eu consigo ceder os meus dados para obter benefícios em cima disso. Esse ambiente integrado com novos agentes utilizando isso para alavancar oportunidades é um dos melhores cenários possíveis para a inclusão e para a personalização das ofertas financeiras.

    Quais são os países que estão mais avançados e têm maior potencial em relação ao Embedded Finance?

    Temos cases muito interessantes nos Estados Unidos. Olhando para aquelas que podem causar um maior impacto graças ao Embedded Finance, não posso deixar de falar das Big Techs que estão adicionando serviços e produtos financeiros.

    A Amazon é uma delas: a empresa está colocando cada vez mais os pés nesse mercado e tem um potencial muito grande. No seu core business, que agora também tem uma divisão de entretenimento, ela já oferece soluções para diferentes dores. Por isso, quando você se dá conta, já está totalmente imerso dentro do ecossistema criado pela Amazon.

    No entanto, eu acho também que o movimento de Embedded Finance vai ajudar a incluir players de nichos muito especializados. Aqui no Brasil já temos, por exemplo, soluções voltadas para catadores de recicláveis. Agora vamos começar a ver cada vez mais soluções com apelo para nichos específicos, como profissionais liberais, caminhoneiros, etc. Assim, diferentes pessoas serão beneficiadas por esse fenômeno.

    O Embedded Finance traz algum risco para as empresas ou para o próprio sistema financeiro?

    Eu acredito que não, até porque todo esse movimento é amparado em todos alicerces legais possíveis. Logo, se isso está sendo viabilizado, as empresas que prestam serviço de Banking as a Service estão muito atentas. Sendo assim, eu não vejo riscos ou problemas.

    Acredito, inclusive, que esse é um tipo de mito que precisamos quebrar. Afinal, quanto mais alternativas tivermos no mercado, melhor. E, se o mercado hoje permite — tanto por questões tecnológicas quanto regulatórias — que tenhamos essas novas alternativas, isso é bastante saudável para que a gente tenha uma maior inclusão e mais possibilidades de escolha dentro do mercado.

    Embedded Finance é parte do nosso projeto de decodificação do universo financeiro para impulsionar negócios e trnsformar a sociedade

    Na Dock, nosso objetivo é decodificar o universo financeiro, impulsionar negócios e transformar a sociedade. O conceito de Embedded Finance que exploramos nesta entrevista com Bruno Diniz faz parte de como disponibilizamos soluções de ponta para que players de diferentes segmentos possam oferecer produtos e serviços financeiros para seus clientes.

    Embedded Finance: resumo

    • O Embedded Finance permite que empresas (que não são players tradicionais do setor financeiro) possam atuar no segmento e oferecer produtos e serviços financeiros adicionados ao seu portfólio de ofertas;
    • Entre os serviços que podem fazer parte de Embedded Finance estão carteiras digitais, contas digitais, crédito, empréstimos e seguros;
    • Ao reduzir barreiras na entrada de novos participantes no setor, o Embedded Finance contribui para a inclusão financeira;
    • Pix e Open Banking são marcos regulatórios brasileiros que dão mais força à evolução do Embedded Finance no Brasil.

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    Tags:

    Banking as a Service
    Bruno Diniz
    embedded finance
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