Resumo NRF 2020: principais insights das delegações brasileiras

Publicado em 23 jan 2020.

Tempo de leitura 7 minutos de leitura

A Dock, mais uma vez, esteve presente no maior evento do varejo mundial, a NRF Retail’s Big Show. A edição 2020 aconteceu de 11 a 14 de janeiro, em Nova York, e participamos como patrocinadores das duas mais importantes comitivas brasileiras, a da BTR-Varese e a da GS&MD Gouvêa de Souza.

De volta ao Brasil, nossos executivos Glauco Soares Filho e Pedro Henrique Albuquerque prepararam um resumo NRF 2020, com os principais insights que tiveram no evento e na agenda preparada pelas comitivas. Confira tendências para o Brasil e para o mundo em que precisamos ficar de olho!

 

Resumo NRF 2020: 7 insights de Glauco Soares Filho e Pedro Henrique Albuquerque

 

Confira abaixo os sete principais insights que nosso time trouxe da NRF Retail’s Big Show deste ano:

 

1. Confiança do varejo brasileiro

 

Apesar de acontecer em solo estrangeiro, a NRF é sempre uma oportunidade para reunir os principais players do varejo brasileiro. Por esta razão, o evento acaba sendo um termômetro sobre as expectativas dos varejistas em relação aos negócios e à economia.

Neste ponto, comparando as edições 2018, 2019 e 2020, a confiança cresceu entre os membros das comitivas. Enquanto 2018 foi marcado pela preocupação com o momento político e econômico e a capacidade limitada de recursos, 2019 já havia apresentado um cenário bastante diferente, com esperança de melhoria na economia e a possibilidade de investir em uma agenda de inovação, ainda que com cautela.

Em 2020, já percebemos um retrato ainda mais favorável, com as empresas presentes já se comportando de forma competitiva, querendo voltar para o Brasil e investir em melhorias nos processos, novas tecnologias e serviços financeiros, para oferecer assim uma experiência cada vez melhor aos seus clientes.

 

2. Transformação cultural

 

Outra mudança de perspectiva em relação às edições anteriores da NRF foi um foco maior em cultura organizacional e menor em tecnologia. Ainda que avanços tecnológicos e novas soluções para o varejo sejam eixos principais do evento, em 2020 vimos uma grande atenção em relação à necessidade de transformação cultural dentro das empresas para que a tecnologia seja de fato aplicada com sucesso.

O foco, portanto, foi como transformar a cultura das organizações do varejo para plena evolução dos novos modelos. Isso reforça uma preocupação que temos tido aqui na Dock em relação ao mercado brasileiro: focamos em desenvolver soluções que sejam aplicáveis à realidade do varejo nacional e que possam ser absorvidas com facilidade, tornando-se parte da cultura dos funcionários.

 

3. O mundo já conhece a China

 

Anos atrás, a disrupção dos modelos e das tecnologias chinesas era o que dominava as discussões na NRF. Hoje, é interessante perceber que esta é uma pauta importante, mas também é apenas mais uma entre todas as levantadas pelo evento. E o que isso nos traz de insight?

Ao mesmo tempo em que os países adotam o que faz sentido para as suas realidades, outros mercados apresentam práticas e modelos que podem ser tendência.

Interessante, inclusive, ressaltar o quanto o Brasil está avançado em termos de meios de pagamento e soluções oferecidas para o varejo, entregando uma excelente experiência para os usuários em contas digitais, autoatendimento e produtos financeiros.

 

4. Varejo Frictionless

 

Embora já tenhamos alguns exemplos de lojas brasileiras com mínimo de “atrito” na hora da compra, foi muito interessante conhecer modelos de varejo realmente frictionless!

Fizemos uma visita técnica à loja da Amazon Go (famosa rede de lojas de conveniência). Comprar nesse ponto de venda foi tão simples quanto andar em um carro solicitado por meio de um aplicativo: você entra na loja, escolhe o que vai levar a simplesmente vai embora.

É claro, precisamos considerar o quanto este modelo poderia ser escalável no Brasil, com todos os desafios de segurança no varejo que enfrentamos e questões sociais (acesso a smartphones, internet de alta velocidade e cartões de crédito). Mas, com adaptações, acreditamos que existam pontos a serem aplicados por aqui, especialmente quando conseguirmos levar essa experiência além das classes A e B!

Na foto abaixo, Pedro Henrique Albuquerque em sua visita à Amazon Go:

 

5. Uso de dados no varejo

 

Uso de dados no varejo foi um ponto de debate não apenas na agenda principal da NRF, mas também nos encontros das comitivas brasileiras. Ainda temos um grande desafio a superar no nosso país quanto à qualidade das bases de dados e à sua integração. Quando avançarmos nesse sentido, serão importantes os ganhos em produtividade e aprimoramento da jornada e da experiência de compra dos consumidores.

Na feira da NRF 2020, muitas das novas soluções apresentadas eram voltadas para analytics e a sua utilização no varejo. Data Analytics, inclusive, foi um dos eixos do Innovation Lab, espaço de demonstração para as mais avançadas tecnologias:

 

6. Conta digital e inclusão dos desbancarizados

 

Durante a NRF 2020, apresentamos nossa conta digital para empresas do varejo, o que teve uma ótima aceitação por atuar em um desafio das empresas brasileiras: oferecer serviços financeiros que vão além do cartão de loja e da concessão de crédito como acontece hoje.

Esta tendência é especialmente importante quando olhamos para o acesso a serviços tradicionalmente oferecidos por bancos no Brasil, com uma grande parcela da população sendo considerada desbancarizada ou falsa bancarizada, como falaremos em um próximo artigo (fique de olho em nosso blog para não perder nenhuma atualização!).

Enquanto temos esse cenário de desbancarização e de grandes bancos fechando agências físicas, temos o varejo como um forte canal de relacionamento com o cliente final. Existe aí, então, uma grande oportunidade para as empresas do setor em, por meio de uma relação amistosa que já existe com seu público, permitir o acesso aos serviços financeiros às classes C, D e E.

 

7. Construção de uma Agenda Brasil para o varejo

 

Nosso último insight é em relação ao momento do varejo brasileiro que, apesar de continuar sendo um setor bastante competitivo, agora começa a perceber a necessidade de atuar com uma agenda compartilhada para o seu desenvolvimento. Temos empresas cada vez mais abertas a colaborar na troca de experiências e na busca de interesses em comum, que irão tornar o varejo cada vez mais forte no país.

A NRF foi uma oportunidade de ver o que acontece no mundo, mas também de olhar para o cenário brasileiro e de pensar quais são as principais prioridades a serem trabalhadas nos próximos meses.

 

O Varejo brasileiro está pronto para começar 2020!

 

Como falamos, apesar de ser realizada nos Estados Unidos, a NRF é um evento que reúne as principais empresas do varejo brasileiro, com representantes de todo o país. Por acontecer em janeiro, ela é também um ponto de partida para o que vem pela frente.

Por isso, ficamos felizes em concluir esse Resumo NRF 2020 dizendo que o varejo brasileiro está pronto para começar 2020 com toda energia — e já começou! As comitivas brasileiras voltam com vontade de iniciar projetos que estavam represados nos últimos anos, de fazer novos investimentos e de iniciar processos de inovação e de expansão.

Como a evolução no varejo é constante, temos certeza que em janeiro de 2021 estaremos aqui de novo, falando sobre um cenário ainda mais positivo após a próxima edição da NRF Retail’s Big Show.

 

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