5 tendências em meios de pagamento para 2021

Publicado em 08 fev 2021.

Tempo de leitura 9 minutos de leitura

Quais serão as tendências em meios de pagamento para 2021? Depois de fazer uma retrospectiva sobre a evolução do mercado em 2020, chegou a hora de olhar para todas as oportunidades de avanço e as soluções que se consolidarão ainda mais nos próximos meses.

Em 2020 observamos inúmeras transformações na indústria de meios de pagamento e no comportamento dos consumidores, principalmente pela demanda de experiências cada vez mais digitais e sem atrito criada durante a pandemia.

Em 2021, o ritmo com que as mudanças vêm ocorrendo deve se intensificar ainda mais, alterando modelos financeiros, a operação dos bancos e fintechs, o papel das empresas na busca por inovação e a relação entre os participantes do ecossistema de meios de pagamento e os usuários.

Neste artigo, selecionamos as tendências em meios de pagamento mais relevantes para a América Latina. Os superaplicativos, modelos as a service, sistemas antifraude ganhando cada vez mais força e o crescimento de carteiras digitais estão entre os principais destaques de 2021. Confira a lista!

5 tendências em meios de pagamento para ficar de olho em 2021

  • Soluções “as a service”

Cada vez mais, as soluções do mercado de meios de pagamento estão disponíveis no modelo as a service, ou seja, como um serviço e não como um produto — assim como acontece em outras áreas da indústria de tecnologia: Software as a Service (SaaS), Data as a Service (DaaS), Platform as a Service (PaaS), por exemplo.

Isso significa que empresas de diversos segmentos podem oferecer soluções de meios de pagamento sem precisar desenvolvê-las do zero,  agilizando o processo de lançamento de seu próprio produto financeiro.

Dentro das tendências para 2021, o caminho aponta especialmente para os modelos de Banking as a Service (BaaS), Fintech as a Service (FaaS) e Acquiring as a Service.

Sem precisar se tornar uma instituição de pagamento, o BaaS permite que qualquer organização seja capaz de adicionar serviços financeiros à sua estratégia de negócio, garantindo que isso aconteça a um custo operacional previsível e em tempo recorde, com integração feita a partir de APIs. Assim, organizações de diversos setores estão optando pelo modelo BaaS para criar e escalar suas próprias soluções financeiras.

O Fintech as a Service é um desdobramento do BaaS: permite que instituições financeiras, IPs, Bancos ou empresas que possuem licenças de cartões tenham acesso à stack tecnológica de banking através da contratação de um provedor de tecnologia, contudo Compliance e Regulatório, Operações e Gestão de tesouraria são de responsabilidade do cliente (o que não acontece no modelo BaaS).

A Dock é a instituição de pagamento que oferece uma plataforma tecnológica de Open Banking para que outras empresas possam fornecer serviços financeiros e construir seu próprio banco ou fintech de forma ágil, descomplicada e white-label. A Dock oferece serviços de BaaS, FaaS e Marketplace.

Já o modelo de Acquiring as a Service difere dos anteriores pois é voltado exclusivamente para o mercado de Adquirência.

No Acquiring as a Service, as empresas que desejam ingressar no mercado contam com uma plataforma white-label gerenciadora de aplicações que permite que desenvolvam sua solução a partir de um modelo sólido e one-stop-shop.

Ou seja, podem criar sua própria operação como player de pagamentos, de ponta a ponta, em uma velocidade muito maior e com a mesma qualidade tecnológica. Esse movimento tem permitido a entrada de outras empresas no setor, como grandes varejistas, redes de franquias e indústrias.

A perspectiva é de que o conceito de “as a service” ganhe ainda mais força no Brasil e na América Latina, principalmente entre instituições financeiras de pequeno porte e players de outros segmentos (como o Varejo) que desejem oferecer aos seus públicos soluções de pagamento.

  • Crescimento dos superaplicativos

A mudança na usabilidade dos aplicativos vem provocando uma readaptação no mercado e nas formas de consumo. Apps que foram desenvolvidos com uma intenção única, agora passam a ter multifunções.

O exemplo mais conhecido dessa tendência vem da China, que é pioneira em pagamentos instantâneos. Por lá, a população usa basicamente dois aplicativos para fazer e pagar as compras, realizar pagamentos e transferências, entre outras inúmeras atividades: Alipay e WeChat Pay.

O acesso fácil a uma variedade de produtos e opções de pagamento estimulam a adoção de carteiras móveis, além de criar uma experiência contínua e eficiente aos usuários. Agora, os super apps integram funções sociais, financeiras, de serviços públicos e entretenimento.

A indústria das carteiras digitais já estava avaliada em 900 bilhões de euros em 2020.

Os superaplicativos estão entre as tendências em meios de pagamento para 2021.

No Brasil, já vemos diferentes aplicativos de serviços ampliando seus escopos de atuação para integrar soluções de pagamento – um dos principais segmentos é o de apps de delivery e transporte, sendo o exemplo mais recente o Uber, que investiu na criação de sua própria conta digital.

Com a chegada do Pix e o Open Banking avançando no país, a tendência é de que o fenômeno dos superaplicativos se espalhe, tornando os sistemas de meios de pagamento cada vez mais diversos, instantâneos e inclusivos.

  • Pagamentos Contactless

A adoção de métodos de pagamentos alternativos vem crescendo nos últimos anos por uma série de razões, incluindo a conveniência de não carregar dinheiro em papel ou moeda, a praticidade de uso das soluções digitais e a oferta crescente de produtos financeiros de nicho que surgem no mercado.

Mas se a preferência por pagamentos digitais já estava em alta, a pandemia certamente acelerou a transformação dos hábitos dos consumidores. Mesmo sendo um meio de pagamento já conhecido entre os usuários de cartão, o sistema contactless – também chamado de pagamento por aproximação — continua entre as tendências em meios de pagamento para 2021.

Tanto que no final de janeiro a Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões) aumentou de R$ 100,00 para R$ 200,00 o limite para pagamentos contactless sem senha.

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Essa é a segunda mudança no valor durante a pandemia, refletindo tanto a tendência de aumento dos pagamentos por aproximação, quanto a necessidade de oferecer aos portadores de cartões mais segurança na prevenção contra a Covid-19 — evitando contato físico e reduzindo o tempo de checkout no varejo.

E o pagamento contactless via cartão não é o único que merece destaque: além dele, os pagamentos por aproximação por meio da tokenização de gadgets ou leitura de QR Codes também ganham cada vez mais importância entre os usuários.

A perspectiva, segundo um estudo da Juniper Research, é de que os pagamentos por aproximação podem triplicar até 2024.

  • Maior relevância das Big Techs em pagamentos

Não é novidade que hoje as Big Techs como Google, Apple, Facebook e Amazon dominam o mercado de tecnologia no mundo. E essa hegemonia também traz impactos às tendências em meios de pagamento para 2021.

A capacidade de processar milhões de dados de usuários faz das grandes empresas uma porta de entrada para o desenvolvimento de serviços financeiros mais amplos, com carteiras digitais e aplicativos de pagamento baseados em mensagens. De acordo com o World Payments Report 2020, 30% dos consumidores já usam as Big Techs para realizar transações.

A estimativa é que este ano as corporações continuem expandindo sua presença no mercado, principalmente no Brasil e Índia, escalando seus negócios por meio de parcerias com instituições financeiras ou provedores de tecnologia em meios de pagamento.

  • Prevenção a fraudes ganha força

À medida em que os consumidores adotaram o e-commerce e os novos meios pagamentos digitais durante a pandemia, sem contar com a entrada no sistema de uma significativa parcela da população, até pouco desbancarizada, as tentativas de fraudes em transações e por roubo de identidade e clonagem de cartão também estão aumentando. O setor de serviços financeiros foi o principal alvo, com um aumento de 38% nos ataques cibernéticos contra as instituições.

Dessa forma, garantir a segurança das transações e a autenticação infalível do cliente é um pré-requisito para qualquer empresa e, portanto, também uma tendência para a indústria de meios de pagamento em 2021, que deve investir cada vez mais em soluções antifraude robustas e inteligentes.

Na Dock, através de um modelo de negócios totalmente inovador, oferecemos a solução antifraude FICO® Falcon® – a mais reconhecida do mundo – como serviço, garantindo que instituições de todos os portes possam utilizá-la, com baixíssimo investimento inicial e implementação em poucas semanas.

Tudo isso sem barrar as transações saudáveis (aquelas que parecem fraude, porém não são), assegurando assim a melhor experiência para o cliente do nosso cliente. Afinal, prevenir fraudes também representa impulsionar negócios.

Tendências em meios de pagamento para 2021: por que aderir a pelo menos uma delas?

Conforme relatório da Capgemini Financial Services Analysis 2020, 68% dos executivos do mercado de meios de pagamento acreditam que, se priorizarem a transformação da tecnologia, suas empresas não correm um risco significativo de perder clientes e mercados em potencial.

Ou seja, mais do que olhar para as tendências, as empresas estão implementando novos serviços financeiros e sistemas mais inovadores, a fim de suprir uma demanda que já se tornou imprescindível para os consumidores!

5 tendências em meios de pagamento: resumo

  • Soluções “as a service”, como Banking as a Service, Fintech as a Service e Acquiring as a Service;
  • Crescimento dos superaplicativos;
  • Pagamentos contactless via cartões, tokenização de gadgets ou leitura de QR Codes;
  • Maior relevância das Big Techs em pagamentos;
  • Prevenção a fraudes ganha força e a busca por soluções antifraude mais robustas aumenta.

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