O que é fintech e como elas mudaram o mercado de pagamentos e banking

Publicado em 02 jun 2020.

Tempo de leitura 6 minutos de leitura

O avanço tecnológico e a mudança em nossos hábitos de consumo mudaram a forma como fazemos as coisas em praticamente todas as áreas das nossas vidas.

O mercado financeiro é um dos setores em que essa revolução foi mais forte. Há alguns anos seria impensável falarmos em bancos sem agência física, sem gerente, sem cobrança de taxas. Tudo isso foi possível graças ao avanço do setor e à chegada das fintechs.

Nós utilizamos diversos serviços de fintechs no nosso dia a dia, mas, como nem todos são visíveis para o usuário, muitas vezes nem nos damos conta disso. Neste artigo vamos explicar melhor o que é fintech, quais os benefícios que ela traz e qual a importância disso. 

Acompanhe!

 

O que é fintech?

O termo fintech vem da junção de duas palavras em inglês: financial (financeiro) e technology (tecnologia). Na prática, estamos falando de empresas que atuam em algum segmento do mercado financeiro e que fazem uso intensivo de tecnologia.

Isso permite não apenas serviços novos, mas experiências inéditas para os usuários. Vamos pensar no caso mais conhecido, que são os bancos digitais. Banco não é exatamente algo novo para ninguém, mas, até a chegada dos bancos digitais, a nossa experiência com as instituições financeiras era muito diferente.

Para abrir uma conta, era preciso ir presencialmente a uma agência bancária, munido de cópias físicas de uma série de documentos, falar com o gerente, esperar a aprovação da conta. Vários serviços requeriam a presença física do cliente, mesmo que o banco tivesse aplicativo para smartphone e internet banking. Algumas instituições, por exemplo, precisavam que o cliente fosse até a agência ou pelo menos até um caixa eletrônico para cadastrar a senha para poder usar o aplicativo mobile.

Usando a tecnologia,  os bancos digitais desenvolveram formas seguras para que as pessoas possam abrir suas contas sem jamais ter que pôr os pés em uma agência. 

Todas as transações são feitas online e tudo é pensado para que o cliente tenha a melhor experiência possível no ambiente digital. 

Com uma estrutura muito mais enxuta e apostando na tecnologia, os bancos digitais têm custos muito menores do que os tradicionais. Quem sai ganhando é o cliente, que paga menos tarifa — ou até tarifa nenhuma — e tem acesso a um serviço tão bom ou melhor do que antes.

 

Como funciona uma fintech?

As fintechs conseguem proporcionar uma série de benefícios, desde a facilidade de acesso a crédito, a agilidade nas contratações de serviços, compra de moedas estrangeiras, contratação de seguros facilitado e muitos outros.  Veja algumas outras categorias de atuação:

Pela lista acima, é possível notar que as fintechs funcionam de forma especializada, sempre fazendo uso de tecnologia, o que possibilita otimizar processos e buscar constantemente a inovação para os seus clientes.

De acordo com o levantamento do Radar Fintech Lab, foram mapeadas mais de 600 iniciativas do gênero no país em junho 2019. Para comparar, em agosto de 2018 eram 453 empresas, esse  salto mostra o potencial de crescimento do setor.

Fintechs Vs Startup

Antes de falar das vantagens das fintechs, convém esclarecer um ponto que costuma causar muitas dúvidas e diz respeito às diferenças entre as fintechs e as startups.

As fintechs são empresas de serviços financeiros que usam a tecnologia para inovar e se diferenciar. Já as startups são empresas inovadoras, com grande potencial de crescimento, mas que ainda estão em estágio inicial, por vezes pré-operacional ou começando as suas operações. 

Além disso, as startups podem ser de qualquer setor da economia, não necessariamente do segmento financeiro. Assim, uma fintech pode até ter começado como uma startup, mas os conceitos são distintos.

 

Quais vantagens as fintechs oferecem?

Entre as vantagens que as fintechs oferecem para os clientes, podemos destacar:

  • economia: custos bastante reduzidos;
  • desburocratização: tudo pode ser resolvido online, de forma rápida e simples;
  • eficiência: atendimento personalizado e multicanal;
  • flexibilidade: coloca o controle dos serviços financeiro na palma da mão do cliente;
  • foco no usuário: dá autonomia de gestão das contas para os clientes;
  • soluções personalizadas: é possível oferecer serviços que o cliente precisa.

Além disso, elas vêm desempenhando um papel muito importante na democratização do acesso aos serviços financeiros ao incluir serviços para pessoas desbancarizadas

Dessa forma, podemos resumir dizendo que as fintechs têm foco no usuário, renovando a forma de prestar serviços no mercado financeiro e barateando os custos para todos os envolvidos.

 

Qual a principal função de uma fintech?

Em geral, a principal função das fintechs é observar os problemas que os modelos tradicionais apresentam e oferecer soluções inovadoras para eles, que tragam ganhos de eficiência e uma experiência melhor para o usuário

Para isso, é preciso elaborar soluções capazes de não apenas expandir a atuação de empresas já existentes, como também originar novas propostas que se destaquem no mercado.

Um exemplo disso é que atualmente qualquer empresa, mesmo que não seja do segmento bancário, já pode se tornar uma espécie de banco digital, oferecendo serviços financeiros para clientes, parceiros ou fornecedores, modalidade essa que surgiu graças à chegada das fintechs e a forma como elas simplificaram a distribuição de tecnologias. Nomes conhecidos do mercado têm seguido por esse caminho, como o iFood e o Uber. E a esse modelo se dá o nome de Embedded Finance – as finanças embarcadas. 

Vale ressaltar também que as fintechs atuam em nichos específicos e seus objetivos variam muito de acordo com esse nicho, mesmo assim podemos elencar alguns pontos sobre as principais funções das fintechs, principalmente, para o setor financeiro: 

  • melhorar a experiência do usuário;
  • oferecer soluções melhores e inéditas para problemas conhecidos;
  • trazer novos públicos para o mercado;
  • democratizar o acesso aos serviços financeiros;
  • oferecer soluções de baixo custo;
  • focar no atendimento digital;
  • dar mais autonomia ao usuário;
  • automatizar ao máximo os processos;
  • reduzir custos para o cliente.

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