O que é gateway de pagamento e como funciona?

Publicado em 21 jul 2020.

Tempo de leitura 8 minutos de leitura

Você sabe o que e um sistema gateway de pagamento?

Essa tecnologia é amplamente utilizada no momento do fechamento de transações comerciais online, pois possibilita a integração entre o estabelecimento, o banco e o consumidor final para concluir vendas. 

Apesar de seu uso crescente, muita gente ainda não sabe o que é gateway de pagamento e como ele funciona. Por isso, neste artigo vamos abordar essas questões e explicar quais são as principais diferenças entre o gateway de pagamento e um intermediador de pagamento. 

 

O que é gateway de pagamento?

O gateway de pagamento é uma solução tecnológica que conecta as informações de uma loja virtual, instituições financeiras – como operadoras de cartão e bancos – e o consumidor, permitindo que seja realizada uma compra pela internet

Esse recurso permite que os e-commerces possam oferecer diferentes tipos de meios de pagamento para os seus clientes, como cartão de crédito ou débito, transferência via internet banking e boleto bancário. 

É como se o proprietário de uma loja online instalasse uma maquininha de cartão virtual, possibilitando que o usuário faça compras sem sair do site, já que o gateway de pagamento faz o intermédio direto entre as instituições financeiras e operadoras de cartão

Assim, o cliente não precisa ser redirecionado para uma página externa ao site da loja para concluir a sua compra, podendo realizar todas as etapas do pagamento dentro do próprio site do e-commerce. 

Quando o usuário seleciona o meio de pagamento que deseja utilizar na compra e informa os dados solicitados, o gateway de pagamento conecta as adquirentes (responsáveis por fazer o contato entre as bandeiras de cartão e as instituições financeiras) aos bancos, com o objetivo de verificar a validade dos dados. Se estiver tudo certo, o pagamento é aprovado. 

Para que toda essa operação funcione, o lojista que optar pelo gateway de pagamento precisa fazer contratos com os bancos e adquirentes com que vai trabalhar, além de contar com um sistema antifraudes no site para evitar problemas com a segurança dos dados envolvidos na transação financeira.  

Ou seja, é a própria loja que fará a sua gestão financeira e gestão de risco. Por isso, o formato do gateway de pagamento é especialmente recomendado para grandes e médias empresas, que fazem um número maior de transações e precisam ter mais controle sobre todos os pagamentos.   

Como funciona o gateway de pagamento?

Para você entender melhor como o sistema do gateway de pagamento funciona na prática, vamos fazer um resumo do passo a passo desse processo:

  • Após adicionar ao carrinho virtual todos os itens desejados, o consumidor escolhe finalizar a compra e faz o checkout oferecendo os dados para o pagamento;
  • O gateway de pagamento entra em ação e faz o processamento da operação, entrando em contato com as adquirentes para verificar a validade dos dados financeiros informados pelo cliente;
  • Se todas as informações verificadas estiverem corretas, a transação é autorizada e a compra é finalizada.

Diferenças entre gateway de pagamento e intermediador de pagamento

Agora que você já sabe o que é gateway de pagamento e como esse sistema funciona, é importante conhecer também as diferenças que existem entre o gateway e os intermediadores de pagamento. 

Afinal, ambos cumprem funções semelhantes, mas atendem a necessidades diferentes dos lojistas. O intermediador (também conhecido como subadquirente) é um sistema de pagamento que faz a intermediação entre os sites de e-commerce e as instituições financeiras.

Porém, ao contrário do gateway, ele requer o contrato com uma única empresa intermediadora, e não vários contratos separados com bancos e adquirentes. Ou seja, esse é um serviço financeiro, similar ao prestado por um banco, pois o intermediador passa a ser responsável pelos riscos envolvidos na operação e pela cobrança, e não mais o lojista

Para entender qual sistema de pagamento se encaixa melhor em seu modelo de negócio, vamos listar as principais distinções entre eles:

Valor

O primeiro ponto a se destacar é a diferença de custo. Por isso, para escolher a melhor opção, é necessário avaliar quanto investimento a empresa pode fazer na aquisição da tecnologia. 

No formato de intermediador de pagamento, o site contrata o sistema por um valor fixo e pré-definido pela fornecedora, que é responsável por definir o seu valor cobrado por cada transação financeira. 

Já no gateway de pagamento, a empresa de e-commerce vai precisar passar por um processo mais longo e burocrático, uma vez que será necessário fechar acordos e contratos com os bancos e as adquirentes, negociando valores diretamente com eles.  

Por essa razão, o sistema de pagamento gateway é mais recomendado para negócios maiores. Empresas em estágio inicial, com volume de vendas menor, provavelmente não conseguirão negociar taxas tão boas e acabarão pagando mais caro.

Nesses casos, o intermediador de pagamento, com seus valores fixos, pode ser a melhor alternativa para manter um planejamento financeiro claro e previsível para o negócio.

Segurança

Esse é um tema bastante relevante para quem lida com pagamentos online. Afinal, os dados financeiros devem ser devidamente protegidos contra ataques de hackers e vazamentos.

Tanto o gateway de pagamento quanto o intermediador oferecem recursos de segurança que blindam as transações financeiras virtuais. No caso da opção pelo intermediador, ele é quem fica com essa responsabilidade e fornece a estrutura de segurança de dados completa.

No entanto, esse sistema de pagamento traz a desvantagem das negativas automáticas de pagamentos, que podem ocorrer em processos e perfis sem a devida análise. Portanto, esse é um ponto que precisa de atenção. 

Na interface gateway, por sua vez, não há um sistema de segurança antifraudes incluso. A responsabilidade recai sobre o site e será preciso contratar essas soluções por conta própria, negociando diretamente com parceiros que ofereçam serviços de criptografia de dados e firewalls. 

Existe uma vantagem nisso: a flexibilidade. Como o e-commerce “constrói” os seus próprios protocolos, é possível personalizar mais os sistemas de segurança, realizando análises em todos os pagamentos, por exemplo. Porém, mais uma vez, os custos envolvidos acabam sendo mais altos. 

Transparência

Outra questão importante para pesar na sua escolha é a transparência do seu site com os clientes na hora de finalizar uma compra. Isso é que vai fazer com que os usuários se sintam mais seguros e não abandonem o carrinho. 

Sites que utilizam o gateway de pagamento fazem todo o processo de checkout dentro da própria página.  Como essa interface se integra à plataforma de e-commerce, o cliente tem uma sensação maior de confiança, pois toda a transação é realizada no mesmo local. 

Já quando se utiliza o sistema de intermediador de pagamento, o consumidor é direcionado para uma outra página, externa ao site do e-commerce, onde deve preencher os dados e realizar o pagamento. Embora seja seguro, esse processo pode acabar despertando desconfiança em muitos usuários, que estranham o redirecionamento do site. 

Por isso, é importante sempre levar em consideração como o cliente vai se sentir ao fazer o checkout, pois é isso que garantirá a sua venda. 

Integração

Quando falamos sobre a integração do sistema de pagamento com as instituições financeiras e as operadoras de cartão, podemos dizer que ambas as interfaces podem atuar de forma totalmente integrada com lojas virtuais. 

A diferença nesse caso é que, enquanto o intermediador de pagamento faz a ponte entre todas as partes envolvidas, absorvendo os riscos da transação, o gateway faz uma conexão direta entre o site e as instituições. 

Assim, a aprovação das transações passa por menos etapas em relação ao sistema com intermediador, o que faz com que os pagamentos sejam aprovados com mais rapidez. Além disso, o e-commerce pode escolher com quais parceiros deseja trabalhar em seu site. 

Taxas

Ao optar pelo intermediador de pagamento, a empresa consegue negociar taxas melhores para o sistema, pois não terá que fechar acordos diretamente com as instituições financeiras. Isso garante um melhor custo-benefício para essa opção, que impacta positivamente no caixa do negócio. 

Já no caso de escolher o gateway de pagamento, o e-commerce deverá fazer acordos e negociações de taxas com as próprias instituições. Isso pode atrasar a finalização do processo, já que é preciso fechar novos acordos. Além disso, o intermediador sai à frente nesse quesito por já ter mais experiência em acordar taxas favoráveis. 

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