Golpes com boletos

Os números que aparecem junto ao código de barras e no topo do boleto não são aleatórios mas, sim, uma composição de informações para que seu pagamento chegue ao destino correto.

Os três primeiros dígitos, por exemplo, identificam o banco da conta de destino. Você pode confirmar se o prefixo que faz parte do código de barras realmente diz respeito à informação que aparece no boleto (logo do banco, por exemplo) no site da Febraban.

Outra informação importante para se analisar são os últimos números da sequência, o que corresponde ao valor do boleto. O valor pago será sempre precedido de uma série do algarismo zero; portanto considere realmente os últimos números do boleto.

Veja um exemplo: um boleto no valor de
R$ 2.500,10 terá o final do código de barras com a numeração 250010 ou em 000000. É importante ficar atento, pois boletos falsos podem apresentar códigos de barras com numerações distintas.

Os boletos autênticos possuem um registro em forma de código, o qual permite que ele seja rastreado. Essa é uma das soluções encontradas pela Federação Nacional dos Bancos para se evitar golpes e fraudes.

O boleto registrado tem seus dados cadastrados no sistema do banco emissor e, caso haja atraso no pagamento, não será necessário emitir uma segunda via, pois os valores de juros e multas já são acrescidos ao valor devedor. Nesses casos, o boleto pode ser atualizado pelo site oficial da loja em que a compra foi realizada, no banco correspondente ou no internet banking.

Todos os boletos registrados podem ser consultados de forma fácil e segura. A consulta pode ser realizada no site da instituição financeira, garantindo que o pagamento está sendo feito para o beneficiário correto.

Sempre que for pagar um boleto de empresas ou lojas online, faça o download do documento no site oficial e desconfie de mensagens e e-mails que contenham boletos anexados, principalmente quando elas enfatizam que o pagamento deve ser feito com urgência.

Se a única forma de recebimento do boleto for por e-mail, verifique e confirme o e-mail do remetente. Verifique as informações que vêm antes do “@”, observando se contêm caracteres especiais e numéricos. Você também pode utilizar e-mails que ofereçam serviços antispam, como o gmail, por exemplo.

Além disso, muitos golpistas enviam falsos boletos por correspondência, utilizando dados pessoais, o que torna esses boletos bastante semelhantes aos verdadeiros.

Os boletos falsos geralmente possuem erros de ortografia e de digitação, mas existem outros campos a que você pode ficar atento e fazer uma checagem extra, como as informações do cedente, por exemplo.

O cedente ou beneficiário é aquele que irá receber o valor que será pago. Ele pode ser tanto o emissor do boleto quanto uma instituição de pagamento. Lembre-se de que os boletos sempre indicam a razão social da empresa e nunca o seu nome fantasia.

Verifique também a autenticidade das informações do beneficiário; dados como o CNPJ e o endereço podem ser facilmente consultados na internet. Aproveite para conferir se todos os dados informados correspondem àqueles que o boleto apresenta.

Sempre que possível, prefira realizar o escaneamento do código de barras no caixa eletrônico ou no seu smartphone ao invés de digitar a numeração. Os boletos falsos podem ter sua numeração adulterada, mas o código de barras pode ser deformado ou até mesmo permanecer intacto. Dessa forma fica mais fácil detectar se o código de barras está ilegível e se o documento foi adulterado.

Caso encontre qualquer divergência no seu boleto ou se desconfiar da autenticidade do documento, não deixe de entrar em contato com o emissor da cobrança. Essa é uma das formas de se evitar cair em golpes. Se a instituição emissora não puder ou não souber como garantir a autenticidade do documento, não realize o pagamento por questões de segurança.