Mercado de adquirência no Brasil: da concentração à descentralização

As mudanças na regulamentação nacional relacionada à adquirência impulsionaram, nos últimos anos, a abertura do mercado brasileiro de credenciamento, conhecido por ser um dos mais concentrados do mundo.

Com o estímulo à descentralização e o desenvolvimento de novas tecnologias, desenha-se um cenário bastante positivo e um futuro de perspectivas ainda mais promissoras para novos adquirentes ou subadquirentes. Ou seja, outros players têm a oportunidade de entrar no jogo — e sair ganhando!

 

O papel da adquirência no mercado de meios de pagamento

 

As compras realizadas com cartões de crédito, débito ou pré-pagos tiveram um crescimento significativo em 2023. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), as compras com cartão físico aumentaram 10,1% em relação a 2022, somando R$ 3,73 trilhões em transações, e as compras online tiveram uma alta de 13,2%, movimentando o valor de R$ 830 bilhões no ano.

Quando avaliado apenas o 4º trimestre de 2023, os pagamentos com cartões somaram, pela primeira vez em um único trimestre, R$ 1 trilhão, o que representa uma alta de 9,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

A adquirência — conhecida também como “credenciamento” — está por trás de todas essas transações, pois tem um papel fundamental no processo de compras pagas com cartão. Afinal, são as empresas adquirentes ou subadquirentes que fazem a intermediação entre o estabelecimento comercial, as bandeiras e os bancos, realizando, portanto, a captura do pagamento, sua transmissão, processamento e liquidação.

 

Quem são os participantes do processo de adquirência?

 

Cliente/ Portador

É o consumidor, ou seja, a pessoa que tem o cartão de crédito e/ou débito e que o utiliza para realizar uma compra.

 

Estabelecimento comercial

Negócio que comercializa produtos ou serviços.

 

Adquirente/credenciador

É quem oferece a estrutura, credencia os estabelecimentos e, no momento da compra, recebe as informações da transação, por meio do POS, do subadquirente ou do gateway de pagamento. Após o recebimento, ele encaminha os dados para a bandeira e para o banco e, ao final, liquida a transação com o estabelecimento.

 

Bandeira

Trata-se da marca que representa o cartão, sendo a empresa responsável por analisar os riscos de uma solicitação de compra.

 

Emissor

O emissor emite os cartões e é quem verifica se há saldo suficiente para a realização da compra, autorizando ou não a transação. Se for aprovada, o banco liquida a transação com o adquirente.

 

O que fazem os adquirentes?

 

Os adquirentes desempenham um papel crucial na facilitação das transações financeiras eletrônicas entre negócios e seus consumidores. Veja o que os adquirentes fazem:

•  Credenciamento dos estabelecimentos;
• Processamento do pagamento;
• Conexão entre estabelecimento e bandeira;
• Realização de consulta de limite do cartão junto ao banco;
• Conexão com o negócio para liquidação da transação.

 

Como atuam os adquirentes?

 

• Pagamento com cartão físico: Sistemas de POS (Point of Sale), como as famosas “maquininhas” – mas também novos dispositivos;
• Pagamento virtual: Gateway de pagamento ou subadquirente.

 

Evolução da adquirência no Brasil

 

Não por acaso, durante muito tempo, o mercado brasileiro de adquirência foi considerado o mais concentrado do mundo. Até 2010, praticamente todas as transações de pagamento com cartão eram realizadas por apenas duas companhias: Visanet (hoje, Cielo) e Redecard (hoje, Rede).

A concentração do sistema era reflexo da regulamentação da época, que dificultava o ingresso de novas empresas. Além disso, os custos para entrar no mercado eram extremamente elevados e, somados à complexidade de implementação, restringiam a participação de novos players, impedindo o surgimento de concorrência.

 

Linha do tempo: mercado de adquirência no Brasil

 

• 2000: Cielo e Rede são as únicas a atuar como adquirentes no sistema financeiro brasileiro;
• 2003: Getnet ingressa, mas o duopólio permanece dominando 95% do mercado;
• 2010: Nova regulação do Banco Central incentiva abertura e começam a surgir novos players;
• 2014: Stone ingressa no mercado após dois anos de preparação;
• 2015: Mercado Pago passa a atuar como subadquirente;
• 2018: PagSeguro obtém licenças para atuar no mercado de adquirência;
• 2020: Cerca de 300 adquirentes e subadquirentes estão em atuação no mercado brasileiro.

 

Rumo à descentralização da adquirência no Brasil: quais são os benefícios?

 

Mesmo com a abertura do mercado, o setor de adquirência do Brasil ainda é muito concentrado, dominado por players como Cielo, Rede Getnet, Stone e PagSeguro. No entanto, a tendência é que ele se torne mais descentralizado a cada dia.

Segundo especialistas, com base na experiência dos Estados Unidos, é possível afirmar que estamos caminhando para termos, muito em breve, um mercado bem mais competitivo. Essa mudança deve ser acelerada por fatores como a busca por redução de custos, o desenvolvimento de tecnologias e meios de pagamento mais eficientes, a crescente bancarização e a possibilidade da entrada de novos participantes por meio do Acquiring as a Service.

Conheça os principais benefícios dessa transformação:

 

Aumento da concorrência

Com mais players atuando, o mercado tende a se autorregular e a praticar preços mais justos, que acabam chegando, é claro, ao consumidor final.

 

Oferta mais atrativa para os clientes

Com uma maior concorrência, há também uma disputa maior por diferenciação, o que significa que as empresas passam a se dedicar com afinco a criar soluções mais orientadas a atender às necessidades do cliente.

 

Desenvolvimento do mercado

Em uma etapa fundamental da transformação digital, o aumento da competitividade no setor de adquirência aquece o mercado e acelera o desenvolvimento de novas tecnologias e a melhoria das soluções oferecidas.

 

Prevenção da corrupção

Quanto menor a utilização de papel moeda, menor a possibilidade de fraude no sistema financeiro. Logo, a ampliação do mercado de adquirência e o aumento da digitalização das transações é uma forma de prevenir desvios e lavagem de dinheiro.

 

Aquecimento da economia

A descentralização permite que outras organizações passem a atuar no setor, incentiva a bancarização da sociedade e estimula a economia do país.

 

Acquiring as a Service: sua empresa pode entrar no mercado de adquirência?

 

No modelo AaaS, em vez de uma empresa estabelecer sua própria infraestrutura de aquisição de pagamentos, ela contrata um provedor de serviços que já possui toda a estrutura de backoffice para atuação no setor, como a Dock. Assim, o provedor de serviços oferece uma plataforma de pagamento robusta e cuida de todas as obrigações regulatórias, permitindo que as empresas se concentrem em seu core business enquanto deixam a aquisição de pagamentos para especialistas externos.

A Dock traz uma solução white label de adquirência AaaS que assegura que seus clientes tenham sempre a melhor experiência na realização de pagamentos. Utilizando a plataforma, sua rede pode receber transações com cartões de crédito e débito das principais bandeiras do mercado, garantindo uma boa performance e fluidez em todo ciclo da operação de adquirência.

 

Quem pode contratar o Acquiring as a Service?

 

• Varejistas de qualquer segmento;
• Bancos digitais que querem completar seu portfólio e proteger seu território;
• Empresas que querem operar como adquirentes;
• Franquias multicanal, para ter o dinheiro circulando dentro do próprio negócio, melhorando a experiência do franqueado;
• ISO que quer melhorar seu business, com melhores taxas.

 

Vantagens do Acquiring as a Service

 

• Suporte ao cliente e atendimento técnico especializado;
• Preços competitivos;
• Excelentes taxas de antecipação e MDR;
• Estabilidade para alto volume de transações;
• Time to market reduzido em média de 24 meses.

 

Como a Dock cuida da sua operação no mercado de adquirência?

 

• Captura presencial ou online (Tap on Phone com o seu próprio smartphone para capturar transações, Pin Pad, POS, PIX, link de pagamento e cartão não presente);
• Faz as transações e realiza a liquidação, com segurança antifraude de ponta a ponta;
• Oferece toda a estrutura de backoffice para a gestão completa da sua operação;
• Fiscaliza todas as questões regulatórias e as licenças necessárias;
• Atuação com todas as bandeiras e rapidez na autorização de transações.

 

Mercado de adquirência no Brasil: o que você viu neste artigo

 

• Mesmo que reconhecido como um dos mais concentrados do mundo, o mercado de adquirência está passando por transformações no país e caminhando para uma pulverização.
• As compras realizadas com cartões de crédito, débito ou pré-pagos tiveram um crescimento significativo em 2023. A adquirência — conhecida também como “credenciamento” — está por trás de todas essas transações.
• Entre os participantes do processo de adquirência, estão o cliente/portador, o estabelecimento comercial, o adquirente/credenciador, a bandeira e o emissor.
• Os adquirentes desempenham um papel crucial na facilitação das transações financeiras eletrônicas entre negócios e seus consumidores.
• A descentralização da adquirência no Brasil traz inúmeros benefícios, como aumento da concorrência, oferta mais atrativa para os clientes, desenvolvimento do mercado, prevenção da corrupção e aquecimento da economia.
• Com o Acquiring as a Service, em vez de uma empresa estabelecer sua própria infraestrutura de aquisição de pagamentos, ela contrata um provedor de serviços que já possui toda a estrutura de backoffice para atuação no setor.
• A Dock traz uma solução white label de adquirência AaaS que assegura que seus clientes tenham sempre a melhor experiência na realização de pagamentos.

 

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