Insights da NRF 2024: veja 6 destaques da maior feira global de varejo

Publicado em 17 jan 2024.

Tempo de leitura 9 minutos de leitura

Ponto de encontro dos maiores varejistas do mundo, a NRF 2024 Retail’s Big Show aconteceu entre 14 a 16 de janeiro, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, reunindo cerca de 40 mil participantes e explorando tendências valiosas para o setor em mais de 170 painéis.

 Seguindo a tradição, a Dock esteve mais uma vez patrocinando e integrando a comitiva da BTR-Varese, conferindo as novidades da NRF 2024 ao lado dos principais especialistas do mercado. Também participamos do seminário pós-NRF conduzido pelo grupo BTR-Varese, no qual analisamos os conteúdos centrais e as perspectivas da maior feira global de varejo.

Neste artigo, dividimos um pouco do que vimos no encontro e tratamos sobre os desdobramentos dos principais temas da NRF 2024.

 

Futuro do varejo: 6 insights da NRF 2024

 

A Inteligência Artificial foi o grande assunto da NRF 2024. Com essa fala, Eduardo Terra, sócio da BTR-Varese, abriu a aterrissagem de insights, destacando que dos mais de mil expositores da feira global de varejo, cerca de 80% eram ligados a essa tecnologia.

Contudo, é evidente que, além da IA, outros temas também apareceram fortes e completam a lista de principais insights que detalhamos a seguir. Acompanhe!

 

1. Retail Resilience (a resiliência do varejo)

 

Nos últimos cinco anos, enfrentamos desafios significativos, incluindo uma pandemia, a aceleração da digitalização e as instabilidades políticas globais. O setor varejista tem sido uma montanha-russa, mas não podemos negar que se mostrou resiliente.

Além do varejo global crescer mais rápido do que o PIB, segundo dados do eMarketer apresentados por Terra, a resiliência pode ser avaliada de diferentes maneiras. Observamos, por exemplo, que mais lojas físicas estão sendo abertas do que fechadas.

Como também destacou Henrique Casagrande, Chief Operations Officer da Dock, o varejo acelera a economia dos países, apesar das adversidades e crises financeiras. “É importante que o varejo continue sendo essa locomotiva que impulsiona o País e que continue apostando em produtos financeiros que vão dar acesso ao crédito e à bancarização. E, nesse aspecto, os varejistas podem contar com a Dock no desenvolvimento de soluções que realmente transformam a sociedade”, concluiu o COO.

 

2. Explosão da Inteligência Artificial

 

Não há melhor palavra para se referir à Inteligência Artificial do que não “explosão”. É crescente o uso de aplicações dessa tecnologia. Trata-se de ver a IA como um um belo copiloto que auxilia na tomada de decisões e no processo de transformação.

Hoje já podemos ver como imprescindível o uso da IA no varejo em processos como precificação, crédito e cobrança, expansão, compras e estoque, atendimento ao cliente, sortimento, alocação de equipes, promoções e CRM e mídia.

Por outro lado, a grande maioria dos varejistas brasileiros ainda não utiliza a ferramenta. Há uma oportunidade gigantesca nesse cenário, conforme apontam os seguintes dados:

  • No Brasil, os gastos com IA vão superar US$ 1 bilhão neste ano, um crescimento de 33%, de acordo com a consultoria da IDC;
  • Nos setores de varejo e bens de consumo mundial, a estimativa de gastos com IA vai de US$ 400 bilhões a US$ 660 bilhões por ano;
  • 72% dos CEOs consideram que o investimento em IA é prioritário, revela a KPMG.

 

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3. Unmanned Retail

 

Há uma série de acontecimentos que nos leva a pensar que o varejo, tal qual a gente conhece, não será mais caracterizado pela mão de obra intensiva. É a vez do Varejo Hiper Automatizado.

Para ilustrar esse cenário, Terra cita um estudo da McKinsey que aponta que a IA Generativa, sozinha, poderá automatizar quase 10% das tarefas da economia americana, além de impactar um percentual ainda maior de atividade.

“Nunca vimos no varejo tantos robôs, tantos drones, tantas soluções que tornam as operações de varejo mais inteligentes, mais eficientes e mais automatizadas. E aqui surge a percepção de que ‘se eu não fizer, alguém fará’, o que muda totalmente a régua de competitividade e de custo operacional”, analisa Eduardo Terra.

 

4. Content Driven Commerce & Retail Media

 

O varejo orientado por conteúdo e retail media é algo já bastante forte na China e que está mudando definitivamente o processo de compra. Resumidamente, cada vez mais a demanda do consumidor é ativada por conteúdo e não por desejo ou necessidade. O que traz para o varejo uma agenda atrativa de oportunidades.

“O varejo vai ter que fazer a grande virada de chave cultural e organizacional, que é a verdadeira transformação pela qual os negócios estão passando: sair de uma abordagem orientada a produto e operações para uma visão orientada a clientes e dados de clientes”, prevê Alberto Serrentino, também sócio da BTR-Varese.

Na visão do especialista, no Brasil estamos em estágio embrionário de monetização. Porém já estamos consumindo massivamente conteúdo de uma forma diferente, o que pode abrir jornadas de compras.

 

5. Loja HUB

 

A loja física tem e terá um papel relevante para o futuro do varejo. Como lembrou Terra, o ponto físico ainda representa 3/4 do varejo mundial. Portanto, quando falamos de “store as a hub”, se trata de entender a loja física de um jeito diferente, no centro de uma série de papéis que ela não tinha no ano passado.

“Não temos de discutir se teremos mais ou menos lojas físicas, mas sim qual o papel dessa loja na captura e engajamento dos clientes”, analisa Serrentino. Assim, mais importante do que o canal em que a venda é realizada é entender outros indicadores que impactam no crescimento do negócio, como a frequência e o gasto total do cliente.

Também é necessário focar nos desafios da experiência de loja, visto que a maioria dos consumidores sente falta de vivências mais gratificantes no ponto de venda.

 

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6. Liderança para 3 dimensões

 

Liderar um negócio no varejo não tem sido algo fácil nem simples. Nesse contexto, é cada vez mais necessário que as lideranças se envolvam ativamente em três dimensões fundamentais: a digitalização, a obtenção de resultados e a promoção da sustentabilidade.

A digitalização, como uma progressão tecnológica inevitável e potencializada por IA, está em andamento. A prioridade agora reside na busca por um crescimento sustentável e lucrativo.

Na visão de Serrentino, não há mais tolerância para atividades que consomem recursos financeiros sem a perspectiva de resultados concretos: o esforço de priorização é mais rigoroso.

 

Dock na NRF 2024: o futuro do varejo passa por tecnologias inovadoras

 

Para a Dock, é satisfatório participar mais uma vez da comitiva da BTR-Varese e manter a troca valiosa com executivos do varejo brasileiro, enriquecendo ainda mais a nossa experiência.

É muito bom também ver que a tecnologia segue moldando o futuro, cada vez mais entrelaçada com a estratégia de liderança do negócio e com foco em gerar benefícios para toda a sociedade.

Essa perspectiva impulsiona ainda mais a Dock no desenvolvimento de soluções que ajudam a construir um varejo com propósito, impulsionando o progresso do setor e fomentando a inclusão financeira.

Entenda como impulsionamos negócios a serem tudo o que desejam:

 

Insights da NRF 2024: o que você viu neste artigo

 

  • A NRF 2024 Retail’s Big Show reuniu cerca de 40 mil participantes em Nova Iorque, explorando mais de 170 painéis sobre as tendências do setor varejista global. O seminário pós-NRF, conduzido pelo grupo BTR-Varese, debateu os conteúdos centrais da feira e as perspectivas da maior feira global de varejo.
  • A Inteligência Artificial foi o grande assunto da NRF 2024, dos mais de mil expositores da feira global de varejo, cerca de 80% eram ligados a essa tecnologia.
  • A resiliência do varejo também foi enfatizada, destacando o crescimento do setor frente a desafios como a pandemia, a digitalização acelerada e as instabilidades globais.
  • O Varejo Hiper Automatizado foi abordado como uma tendência, evidenciando a automação de tarefas por meio de robôs, drones e soluções inteligentes.
  • A importância da loja física foi reafirmada com a ideia de “store as a hub“, enfatizando o papel central da loja na captura e engajamento dos clientes, superando desafios de experiência de compra.
  • É importante que o varejo continue apostando em produtos que vão dar acesso ao crédito e à bancarização. E nesse aspecto os varejistas podem contar com a Dock no desenvolvimento de soluções que realmente transformam a sociedade.

 

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