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Segurança no Pix: desafios, medidas do Banco Central e como fortalecer a proteção contra fraudes

Publicado em 27 fev 2025. 11 minutos de leitura
Segurança no Pix: desafios, medidas do Banco Central e como fortalecer a proteção contra fraudes

A segurança no Pix é uma preocupação crescente à medida que o sistema se consolida como o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros. Com milhões de transações diárias, o aumento da digitalização também trouxe desafios, como fraudes e golpes cada vez mais sofisticados. Para proteger usuários e instituições, medidas vêm sendo implementadas pelo Banco Central e pelo setor financeiro, buscando minimizar riscos e fortalecer a confiança no sistema.

Além das medidas já implementadas pelo Banco Central, como restrições em horários específicos e monitoramento de novos dispositivos, bancos, fintechs e empresas que oferecem serviços financeiros precisam adotar soluções antifraude robustas para proteger os usuários.

Neste artigo, exploraremos os desafios de segurança no Pix, as ações do Banco Central nesse sentido e as soluções tecnológicas disponíveis para tornar as transações mais seguras e fortalecer a proteção do sistema de pagamentos instantâneos. Além disso, também abordamos como o produto de Pix da Dock tem o diferencial de estar integrado com um sistema robusto de prevenção à fraude.

 

A segurança no Pix em pauta

 

O Pix se consolidou como a principal forma de pagamento dos brasileiros desde sua implementação em novembro de 2020. Segundo uma pesquisa do Banco Central sobre a relação dos brasileiros com o dinheiro, o sistema de pagamentos instantâneossuperou o uso do dinheiro em espécie.

Em 2024, 76,4% da população utilizou o Pix, sendo a opção mais frequente para 46% dos entrevistados. No mesmo ano, as transferências via Pix atingiram um novo recorde, movimentando cerca de R$ 26,5 trilhões, um crescimento de 54% em relação a 2023.

O número de usuários do sistema continua em expansão. Em janeiro de 2025, já eram mais de 172 milhões de pessoas cadastradas, com um total de 828 milhões de chaves ativas.

Com o crescimento do Pix, a digitalização financeira avança rapidamente, mas também traz desafios, como o aumento de fraudes e golpes. A popularização do sistema exige atenção redobrada não só por parte dos usuários, mas também de bancos, fintechs e empresas que oferecem ou desejam oferecer serviços financeiros.

Diante desse cenário, medidas de segurança no Pix seguem sendo aprimoradas, incluindo novas diretrizes do Banco Central do Brasil, que buscam fortalecer a proteção do sistema e manter a confiança dos brasileiros no sistema de pagamentos instantâneos.

Quais são os principais desafios de segurança no Pix?

 

A popularização do Pix trouxe mais praticidade para os brasileiros, mas com isso também aumenta o número de fraudes. Um estudo da ACI Worldwide estima que golpes financeiros via Pix podem gerar prejuízos de até US$ 1.819 milhão para bancos e consumidores até 2028, crescendo em um CAGR de 39% de 2023 a 2028.

Entre os principais golpes, a engenharia social se destaca como uma das estratégias mais utilizadas por criminosos. No golpe do falso atendimento bancário, por exemplo, fraudadores se passam por funcionários para obter dados sigilosos e induzir que a própria vítima realize transferências sem que a fraude seja percebida.

O avanço da tecnologia também impulsiona golpes mais sofisticados, como deepfakes e links falsos, que afetam tanto indivíduos quanto empresas por meio de ataques direcionados. Enquanto deepfakes utilizam inteligência artificial para imitar em vídeos e áudios as vozes e rostos de pessoas reais, os links falsos redirecionam vítimas para sites que imitam páginas bancárias, capturando senhas e dados sigilosos.

Além das fraudes digitais, crimes violentos como sequestros-relâmpago e coação também cresceram com a popularização do Pix. Em situações de ameaça, criminosos forçam as vítimas a realizar transferências imediatas, dificultando a recuperação dos valores.

Para evitar essas e outras ameaças, especialistas recomendam a implementação de medidas de segurança no Pix como o uso de limites diários, bloqueios preventivos em transações suspeitas, autenticação reforçada e monitoramento em tempo real.

 

O que o Banco Central tem feito para fortalecer a segurança no Pix?

 

A segurança é um dos pilares fundamentais do Pix pois o surgimento de novas fraudes e golpes exige medidas contínuas. Por esse motivo, o Banco Central está sempre empenhado em garantir que o sistema mantenha seu elevado patamar de proteção.

A regra que limita transações no horário noturno, por exemplo, é uma das medidas anunciadas pelo BC para reduzir a vulnerabilidade a crimes, como sequestro. Desde outubro de 2024, as transferências e pagamentos realizados entre 20h e 6h estão limitados a R$ 1 mil. Essa mudança busca minimizar riscos durante o período em que as transações podem ser mais suscetíveis a fraudes e ataques.

Já o Mecanismo Especial de Devolução (MED) foi criado em 2021 para facilitar as devoluções em caso de fraudes, aumentando as possibilidades de a vítima reaver os recursos. Assim, quando o usuário registra a reclamação, a instituição avalia o caso e pode bloquear os recursos na conta do recebedor. Se confirmada a fraude, o dinheiro é devolvido em até 96 horas.

A versão atualizada da ferramenta, chamada MED 2.0, tem previsão de lançamento para 2026, e permitirá rastrear recursos fraudulentos além da primeira conta receptora utilizada para cometer a fraude.

Ainda sobre o MED, vale citar que transita na Câmara dos Deputados o PL 133/2022, que propõe que quando a fraude for verificada, os bancos e fintechs devem identificar as instituições envolvidas, bloquear temporariamente os valores transferidos e restituir o consumidor lesado. O texto altera o Código de Defesa do Consumidor, estabelecendo obrigações para as instituições financeiras e órgãos de segurança e do Judiciário.

 

Novas regras na segurança do Pix anunciadas pelo BC em 2024

 

A partir de 1º de novembro de 2024, novas regras na segurança do Pix entraram em vigor para reduzir fraudes. As mudanças incluem restrições para novos dispositivos, comunicação exclusiva via aplicativo, aprimoramento no gerenciamento de riscos e ajustes nos limites de transferências. Confira os detalhes dessas atualizações:

  • Cadastro de novos dispositivos: se o cliente trocar de celular ou computador, haverá um limite de R$ 200 por operação e R$ 1.000 por dia. Para aumentar os limites, será necessário cadastrar o novo dispositivo na instituição financeira.
  • Comunicação direta no aplicativo: as instituições notificarão os clientes exclusivamente pelo aplicativo oficial sobre o cadastro de novos dispositivos, evitando golpes por e-mail, SMS ou WhatsApp.
  • Gerenciamento de risco de fraude: todas as instituições participantes do Pix deverão adotar soluções que detectem transações atípicas ou incompatíveis com o perfil do cliente, utilizando dados do Banco Central.
  • Verificação periódica de fraude: as instituições financeiras deverão checar, a cada seis meses, se seus clientes possuem marcações de fraude na base de dados do Banco Central.
  • Configuração de limites: clientes poderão ajustar limites de transferências Pix para diferentes horários e destinatários. O aumento de limite só será efetivado entre 24 e 48 horas após a solicitação.

Para saber mais sobre Pix Reverso, confira um trecho da participação de Armando Junior, Risk Director da Dock, no podcast Falando em Fraude:

 

Como a Dock oferece mais segurança para transações via Pix?

 

O Pix trouxe grandes benefícios para o sistema financeiro e é natural que a segurança seja uma preocupação constante. Como vimos, embora as novas diretrizes do Banco Central sejam fundamentais, é importante que as instituições também implementem soluções eficazes para reforçar a proteção contra fraudes.

Nesse sentido, a Dock se posiciona como uma parceira estratégica ao oferecer uma solução de Pix segura, confiável e integrada a um sistema antifraude eficiente, garantindo segurança para empresas e clientes finais.

 

Fraud Prevention da Dock: Pix mais seguro

 

Para assegurar a proteção em todas as transações Pix dos seus clientes, a Dock oferece uma solução robusta de prevenção a fraudes, contando com ferramentas como autenticação biométrica, antifraude transacional e comunicação multicanal. Com essas tecnologias, sua empresa consegue identificar, investigar e mitigar riscos ao longo de todo o processo.

Nosso objetivo é proporcionar segurança completa, proporcionando uma experiência digital sem contratempos. Para isso, utilizamos recursos como:

  • Monitoramento contínuo;
  • Autenticação em dois fatores;
  • Tokenização de dados;
  • Identificação do dispositivo (Device ID).

 

Conheça melhor a solução de Pix da Dock

 

Totalmente baseada em APIs, a plataforma da Dock permite que bancos, fintechs e empresas desenvolvam soluções adaptadas às suas necessidades específicas, integrando o Pix de forma rápida e ágil.

Faça parte do sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central contando com ferramentas robustas de prevenção à fraude e todas as demais possibilidades que a solução de Pix da Dock permite ao seu negócio:

  • Pix para Banking as a Service: ofereça todas as funcionalidades atuais do Pix na sua conta digital.
  • Pix para Participantes Indiretos: conte com a nossa tecnologia e suporte regulatório para viabilizar sua operação de Pix Indireto.
  • Pix no Checkout: receba pagamentos através do Pix em seu ponto de venda físico ou virtual de forma totalmente integrada.

A plataforma da Dock também oferece, de forma integrada, todas as funcionalidades do Pix na conta digital para os clientes de Banking as a Service, incluindo:

  • Pix transferência: funcionalidade padrão do produto, de envio e recebimento de dinheiro 24 horas por dia, todos os dias.
  • Pix QR Code e Pix Copia & Cola: para facilitar pagamentos via Pix, o usuário final pode fazer pagamentos com a leitura do QR Code ou copiar e colar o código para pagamento.
  • Pix Cobrança: pode ser utilizado para pagamentos imediatos ou pagamentos futuros que podem incluir informações como juros, multas e outros acréscimos.
  • Pix Devolução: mecanismo especial de devolução de transferência por parte do recebedor para casos de transferências incorretas.
  • Pix Agendamento: funcionalidade de agendar o dia e a hora que a transferência deve ser realizada, descontando do saldo no momento escolhido.
  • Pix Agendado Recorrente: ofereça a funcionalidade de pagamentos programados, obrigatória para os participantes do Pix, permitindo que seus clientes façam pagamentos regulares de forma automatizada e em intervalos predefinidos.

 

A Dock está aqui para garantir que sua empresa esteja alinhada com as últimas funcionalidades do mercado, oferecendo suporte tecnológico e regulatório e toda a segurança que você e o seu cliente precisam. Fale com o nosso time!

 

Segurança no Pix: o que você viu neste artigo

 

  • O Pix se tornou o principal meio de pagamento no Brasil, mas trouxe desafios relacionados a fraudes e golpes.
  • Golpes comuns incluem engenharia social, deepfakes, links falsos e sequestros-relâmpago.
  • As novas regras de segurança no Pix, implementadas em 2024, estabelecem restrições para novos dispositivos, comunicação exclusiva por aplicativo para prevenir golpes e exigem que as instituições financeiras adotem soluções antifraude avançadas.
  • O PL 133/2022 propõe que bancos e fintechs identifiquem as instituições envolvidas em fraudes e restituam os valores às vítimas.
  • A Dock oferece soluções antifraude avançadas integradas ao Pix para garantir a segurança dos clientes e de seus usuários.

 

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