Vantagens do Open Finance: quais instituições devem adotar e como beneficia bancos e fintechs

Publicado em 24 set 2024.

Tempo de leitura 9 minutos de leitura

As vantagens do Open Finance estão transformando o sistema financeiro brasileiro, ao permitir que os clientes compartilhem suas informações financeiras de forma segura entre diferentes instituições. Esse modelo oferece uma série de benefícios, como maior personalização de serviços e produtos, além de impulsionar a competitividade entre bancos e fintechs.

Os números de adesão reforçam o impacto positivo do sistema financeiro aberto no cenário brasileiro: o Open Finance registrou recorde de compartilhamento de dados entre instituições financeiras em junho de 2024, superando 47 milhões de consentimentos ativos simultaneamente, de acordo com levantamento da Câmara Brasileira da Economia Digital.

Neste artigo, além de explorar as vantagens do Open Finance para quem oferece serviços financeiros e como o sistema está revolucionando o universo financeiro, também trataremos sobre como a Dock apoia as organizações a disponibilizar o sistema aos seus clientes e se destacar no mercado.

 

O Open Finance e a revolução do sistema financeiro no Brasil

 

O Open Finance é um sistema que permite aos clientes compartilhar suas informações financeiras de forma segura entre diferentes instituições, mediante autorização prévia.

Open Finance O sistema financeiro aberto permite que os clientes tenham maior controle sobre seus dados financeiros. Esse modelo regulatório possibilita o compartilhamento seguro dessas informações entre diferentes instituições, sempre mediante consentimento.

Entre as vantagens do Open Finance estão o aumento da concorrência no setor e a melhora da experiência do usuário, uma vez que, com acesso a tais informações, bancos, fintechs e outras instituições financeiras podem oferecer produtos e serviços melhores e personalizados.

O grande diferencial do modelo brasileiro é sua abrangência: o país foi além do Open Banking, prevendo a integração de diversos segmentos financeiros. Ou seja,  o Open Finance permite que não só bancos, mas uma variedade maior de empresas compartilhem e acessem dados financeiros, fortalecendo a infraestrutura digital e impulsionando o desenvolvimento da chamada Data Economy.

Lançado no Brasil em fevereiro de 2021, o sistema está sendo implementado em quatro fases. Atualmente, estamos na Fase 4, que amplia o compartilhamento de dados e serviços.

Nessa última etapa, os segmentos de seguros e previdência, chamados de Open Insurance, e investimentos, conhecidos como Open Investment, passam a ser incluídos. Isso significa que mais tipos de informações financeiras poderão ser compartilhadas, oferecendo mais opções para os usuários.

 

Quais instituições devem adotar o Open Finance

 

Somente instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central podem participar do ecossistema do Open Finance. No entanto, algumas dessas instituições são obrigadas a participar, enquanto outras podem optar por participar voluntariamente, dependendo do tamanho e dos serviços oferecidos.

Em julho de 2024, o Conselho Monetário e o Banco Central anunciaram, por meio da Resolução Conjunta nº 10/2024, novas regras sobre a obrigatoriedade de participação no sistema financeiro aberto, estabelecendo critérios atualizados para o compartilhamento de dados e serviços de iniciação de transações de pagamento:

  • Para o compartilhamento de dados, além das instituições dos Segmentos 1 (S1) e 2 (S2), instituições com mais de 5 milhões de clientes por dois trimestres consecutivos também devem participar. Além disso, se uma instituição que não é obrigada a aderir decidir participar voluntariamente, todas as outras do mesmo conglomerado também deverão participar.
  • Para o compartilhamento de serviços, além das iniciadoras de pagamento, as instituições que possuem conta e são obrigatórias no Pix também precisam participar do Open Finance. As instituições que participam do Pix voluntariamente podem escolher se querem participar ou não do Open Finance.

 

Quais as vantagens do Open Finance para bancos e fintechs

 

Não são apenas os usuários que vão se beneficiar do novo modelo tendo mais poder de decisão sobre suas informações, podendo fazer portabilidade de forma facilitada, movimentar contas a partir de plataformas diferentes e adquirir produtos financeiros com menos burocracia.

As organizações que atuam no setor de serviços financeiros – como  também bancos, fintechs e empresas de outros segmentos adeptas das finanças embarcadas – também podem usufruir das vantagens do Open Finance.

  • Fortalecimento do relacionamento com os clientes: permite interações mais diretas e relevantes. Isso resulta em maior fidelização e um aumento na retenção de clientes.
  • Novas oportunidades de interação: facilita a colaboração entre instituições, clientes e outros players do mercado, ampliando as possibilidades de negócios.
  • Maior conhecimento do cliente: com acesso a mais informações sobre os clientes, as instituições conseguem entender suas necessidades. Assim, podem ajustar ofertas para atender a essas demandas.
  • Criação e oferta de novos produtos: estimula a inovação, possibilitando o desenvolvimento de soluções financeiras mais atraentes e adequadas a nichos específicos do mercado.
  • Possibilidade de hiperpersonalização: permite oferecer produtos e serviços que correspondem melhor aos interesses dos clientes, aumentando os níveis de satisfação e a lealdade.

 

Benefícios do Open Finance Novos modelos de negócios Consumidor no centro Portabilidade de relacionamento entre instituições Inclusão de segmentos desassistidos Maior transparência Controle dos consumidores sobre suas finanças Fonte: Banco Central

 

Vantagens do Open Finance para os consumidores

 

Além das vantagens do Open Finance que mencionamos acima, existe ainda o fato de estar também possibilitando aos clientes uma série de benefícios, como:

  • Maior controle dos dados: permite que o usuário decida com quem quer compartilhar seus dados, o que garante mais segurança e privacidade.
  • Poder de decisão: com acesso a mais opções de serviços, os consumidores podem tomar decisões financeiras mais informadas, estimulando a competitividade ao mercado.
  • Serviços personalizados: instituições conseguem oferecer serviços mais adequados ao perfil de cada cliente, resultando em ofertas mais relevantes que beneficiam tanto o consumidor quanto a empresa.
  • Transparência: o usuário tem clareza sobre como seus dados são usados e entende melhor tarifas e condições.
  • Melhor experiência de uso: mais opções e serviços adaptados ao usuário tornam a interação com instituições financeiras mais sólida.
  • Maior saúde financeira: ao administrarem suas finanças de forma mais eficaz, clientes atingem com mais facilidade a estabilidade financeira. Isso também beneficia as instituições, pois clientes financeiramente saudáveis tendem a ser mais leais e a manter um relacionamento duradouro.

 

Como funciona a jornada do detentor de contas no Open Finance

 

A jornada do detentor de contas no Open Finance começa com a permissão do cliente, que autoriza a instituição a acessar seus dados. Essa instituição, então, se conecta diretamente àquela na qual o cliente possui conta, acessando apenas as informações que foram autorizadas. Trata-se de um processo que se desdobra em várias fases:

  • Consentimento: o usuário deve autorizar quais dados serão compartilhados, com quem e por quanto tempo.
  • Compartilhamento: com o consentimento, os dados são compartilhados entre instituições financeiras.
  • Personalização: as instituições usam os dados compartilhados para oferecer serviços personalizados.
  • Monitoramento: o usuário pode acompanhar como suas informações estão sendo usadas, recebendo notificações sobre ofertas e mudanças nos serviços.
  • Revogação: por fim, o usuário pode revogar o consentimento a qualquer momento, interrompendo o compartilhamento e mantendo o controle sobre seus dados.

Para ilustrar esse processo, podemos imaginar um exemplo prático no qual um usuário autoriza um aplicativo de comparação de tarifas a acessar dados do seu banco. Com essas informações, o app sugere contas com taxas mais baixas. O cliente, por sua vez, pode revogar a autorização a qualquer momento, se desejar.

Assim, a jornada definida pelo BC é mais uma das vantagens do Open Finance, pois é projetada para ser transparente e segura, permitindo que os usuários tenham controle sobre suas informações enquanto se beneficiam de serviços financeiros integrados e personalizados.

 

Como oferecer o Open Finance aos seus clientes

 

Tendo em vista todas as vantagens do Open Finance, ao aderir ao sistema, as instituições fortalecem o compromisso com a inovação, mas também com a proteção dos dados, reforçando a confiança e a fidelização dos clientes.

No Open Finance, a conexão é feita diretamente por meio de APIs, que facilitam a comunicação entre sistemas, tornando a integração mais ágil. No entanto, desafios como a integração de canais digitais e a conformidade com a legislação de proteção de dados precisam ser superados para garantir uma implementação bem-sucedida.

 

Prepare sua instituição para as vantagens do Open Finance! Implemente o sistema com a Dock e aproveite nossas soluções de integração e suporte personalizado.

 

Vantagens do Open Finance: o que você viu neste artigo

 

  • O Open Finance permite que clientes compartilhem suas informações financeiras de forma segura entre instituições, promovendo a concorrência e melhorando a experiência do usuário.
  • Lançado em fevereiro de 2021, o sistema está na Fase 4, que inclui Open Insurance e Open Investment, aumentando as opções de compartilhamento de dados.
  • Entre as vantagens do Open Finance podemos destacar o fortalecimento do relacionamento com clientes, a criação de novas oportunidades de negócios e o estímulo ao desenvolvimento de produtos inovadores.

 

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