Pix e Open Finance: entenda a importância dessa integração para impulsionar a inovação financeira

Os pagamentos instantâneos estão evoluindo rapidamente, tornando-se mais eficientes, integrados e acessíveis. No Brasil, um dos principais avanços nesse cenário é o Pix via Open Finance, sistema que permite pagamentos iniciados diretamente por plataformas e serviços, sem necessidade de redirecionamento para aplicativos bancários. Essa inovação elimina etapas desnecessárias, acelera as transações e facilita a integração com diversos serviços digitais.

A iniciação de pagamentos é base do funcionamento do Pix via Open Finance. Trata-se de uma mecanismo que permite que instituições autorizadas movimentem valores diretamente da conta do usuário mediante sua autorização prévia.

Esse avanço tende a se intensificar ainda mais com a recente implementação da Jornada Sem Redirecionamento (JSR), um sistema que elimina etapas nos pagamentos digitais e vem viabilizando o lançamento de novas soluções, a exemplo do Pix por Aproximação.

 Neste artigo, vamos explorar como a integração entre Pix e Open Finance está moldando o futuro dos pagamentos, quais são as principais inovações desse ecossistema e de que forma essas mudanças beneficiam o setor financeiro como um todo.

 

Pix e Open Finance são inovações distintas (porém complementares)

 

Embora tenham pontos de conexão em algumas funcionalidades e processos, Pix e Open Finance são conceitos distintos. Entre outros fatores, o que os une é o fato de ambos serem iniciativas do Banco Central do Brasil e fazerem parte da sua agenda de inovação no setor financeiro.

O Pix, lançado em novembro de 2020, é um sistema de pagamentos instantâneos que permite transferências e pagamentos em tempo real, sem custo para pessoas físicas, funcionando 24 horas por dia, todos os dias da semana.

De acordo com a pesquisa “Meios de Pagamento Latam 2024”, o Pix já se consolidou como a forma de pagamento mais utilizada no Brasil. O levantamento revela que 97% dos entrevistados adotam essa modalidade, enquanto os cartões de débito são usados por 85% e as contas digitais, incluindo carteiras virtuais e apps de pagamento, por 75%.

Já o Open Finance – ou sistema financeiro aberto – é um ecossistema que busca ampliar a conectividade entre instituições financeiras, viabilizando funcionalidades como:

• Acesso a dados abertos de produtos e serviços financeiros;
• Compartilhamento de dados cadastrais e transacionais;
• Iniciação de transação de pagamento;
• Interoperabilidade com Open Insurance;
• Encaminhamento de proposta de operação de crédito.

Em 2024, o número de consentimentos para compartilhamento de dados bancários no Open Finance no Brasil aumentou.

Segundo o estudo “Evolução do Open Finance no Brasil”, elaborado pela BIP, o total de consentimentos ativos chegou a 37 milhões em outubro de 2024, com 99% de pessoas físicas, marcando um crescimento de 35% em relação aos 27 milhões de 2023.

 

Qual é a relação entre Pix e Open Finance?

 

O Open Finance, ao disponibilizar a iniciação de pagamentos como uma funcionalidade, facilita a comunicação entre diferentes instituições financeiras, permitindo que a movimentação de recursos aconteça diretamente de uma conta para outra, dentro de um ecossistema mais aberto e interconectado.

Em outras palavras, a iniciação de pagamentos no Open Finance possibilita que o usuário realize transações diretamente de sua conta, sem precisar estar dentro do aplicativo do banco ou da instituição financeira. Isso significa que ele pode fazer pagamentos através de diversas plataformas diferentes.

Um exemplo prático de como a integração entre Pix e Open Finance pode ser aplicada é no uso de um aplicativo de transporte. Assim, ao solicitar um carro para se deslocar e finalizar a corrida, o aplicativo pode permitir que o usuário pague diretamente através do Pix, sem precisar ser redirecionado para o aplicativo do banco.

Essa funcionalidade tem o potencial de tornar as compras online mais rápidas e práticas, além de impulsionar ainda mais os pagamentos instantâneos no ambiente digital. Importante destacar que é possível seguir utilizando o Pix com ou sem o Open Finance. Ou seja, são inovações independentes, porém complementares.

 

Pix via Open Finance: como funciona

 

Com o Pix via Open Finance o processo de checkout se torna mais simples e eficiente, reduzindo etapas e proporcionando mais praticidade ao usuário.

Ao finalizar a compra em um e-commerce, por exemplo, o cliente pode optar por pagar com Pix diretamente via Open Finance, sem precisar copiar e colar códigos ou acessar outros aplicativos.

Basta selecionar a opção de pagamento disponível na plataforma, escolher a instituição financeira na qual possui saldo e autorizar a transação de forma automática. A autenticação é feita com senha ou biometria, garantindo segurança e agilidade, enquanto a confirmação do pagamento aparece instantaneamente, sem interrupções na experiência de compra.

 

Jornada sem Redirecionamento: o avanço na integração Pix Open Finance

 

Em agosto de 2024, o Banco Central publicou as Resoluções BCB Nºs 406 e 407 detalhando o funcionamento da Jornada sem Redirecionamento (JSR), um aperfeiçoamento que simplifica a jornada de iniciação de pagamentos com Pix.

Além de possibilitar a redução de etapas nos pagamentos online, a JSR viabiliza a oferta de Pix em carteiras digitais, as chamadas “wallets”, inclusive para pagamentos por aproximação, utilizando a tecnologia Near-Field Communication (NFC).

As instituições de pagamento autorizadas a atuar como Iniciadores de Transação de Pagamento (ITP) no Open Finance devem atender a requisitos regulatórios adicionais, incluindo a gestão de sistemas eletrônicos, medidas de controle de risco e a garantia da segurança e integridade das transações.

A implementação do serviço de ITP sem redirecionamento passou a ser obrigatória a partir de 14 de novembro de 2024 para grandes conglomerados e cooperativas, e a partir de 2 de janeiro de 2026 para todas as instituições participantes do Pix.

 

Pix por Aproximação e Open Finance trazem mais praticidade aos pagamentos

 

Lançado em 28 de fevereiro de 2025, o Pix por aproximação promete trazer ainda mais praticidade e rapidez aos pagamentos. Esse novo recurso permite que os clientes vinculem suas contas a carteiras digitais compatíveis.

Com essa funcionalidade, os clientes poderão realizar pagamentos aproximando o celular da maquininha, utilizando a tecnologia NFC, sem necessidade de senha bancária. Em compras online, o processo será ainda mais simplificado, concluído com apenas um clique.

O limite máximo por transação será de R$ 500, mas os clientes poderão ajustar esse valor e definir um teto diário. A modalidade funciona de forma semelhante ao pagamento por aproximação com cartões, que já representa 65% das transações presenciais no Brasil, segundo a Abecs.

 

A oferta do Pix por Aproximação é obrigatória?

 

Em relação à disponibilidade do serviço, de acordo com o Banco Central, a oferta do Pix por aproximação pelas carteiras digitais é opcional, cabendo às instituições financeiras e de pagamento autorizadas pelo Banco Central decidir se disponibilizam a funcionalidade.

Da mesma forma, a aceitação dessa modalidade de pagamento pelas maquininhas também não é obrigatória, pois é necessário que os equipamentos sejam habilitados para essa nova tecnologia. Algumas marcas já realizaram essa adaptação na maioria dos modelos, enquanto outras ainda estão em processo de atualização.

 

Pix Automático e Open Finance: mais um passo na agenda evolutiva do BC

 

Previsto para entrar em vigor em junho de 2025, o Pix Automático permitirá a realização de pagamentos recorrentes com valores fixos ou variáveis, ou seja, o valor das parcelas pode mudar a cada cobrança, dependendo do tipo de serviço ou consumo registrado. A previsão é de que a nova modalidade facilitará cobranças como contas de luz e internet, entre outras.

O Pix Automático será gratuito para o pagador. O usuário precisará autorizar previamente os débitos automáticos pelo aplicativo da instituição financeira. Essa autorização permite cobranças periódicas sem necessidade de autenticação a cada transação. Também será possível conceder a autorização ao ler um QR Code.

Já a integração Pix Automático e Open Finance permitirá que empresas com licença ITP ofereçam benefícios aprimorados ao combinar as vantagens dos dois mecanismos.

Com a integração, a ideia é obter uma experiência fluida para o usuário e maior conectividade entre as instituições financeiras, sem a necessidade de códigos QR. Além disso, contará com autenticação robusta, garantindo segurança e conformidade nas transações.

Conforme orientação do BC, todos os participantes do Pix que oferecem contas transacionais devem disponibilizar o Pix Automático para seus clientes pagadores, garantindo que todos possam realizar pagamentos de forma automática.

 

O futuro dos pagamentos no Brasil passa pela integração Pix Open Finance

 

A integração entre o Pix e o Open Finance está transformando a forma como os brasileiros realizam pagamentos, tornando as transações mais rápidas, seguras e acessíveis.

Com a eliminação de etapas desnecessárias e a possibilidade de pagamentos diretos entre plataformas, essa evolução amplia as opções para usuários, empresas e instituições financeiras, oferecendo um novo nível de conveniência e eficiência.

Essas inovações também impulsionam o setor financeiro, ao permitir maior conectividade entre as instituições e simplificação dos processos de pagamento, colocando o Brasil na vanguarda da inovação em pagamentos instantâneos.

Como instituição apta a oferecer o serviço de iniciação de transações de pagamento Pix no contexto do Open Finance, a Dock está pronta para contribuir com essa transformação, oferecendo soluções robustas e seguras para bancos, fintechs e empresas de outros setores que ofertam serviços e produtos financeiros.

Quer saber mais? Entre em contato com nosso time comercial e conheça todas as opções que a Dock oferece para levar a integração Pix e Open Finance ainda mais longe!

 

Pix e Open Finance: o que você viu neste artigo

 

• O Pix via Open Finance permite pagamentos mais rápidos e eficientes, sem a necessidade de redirecionamento para aplicativos bancários.
• Essa integração facilita a comunicação entre instituições financeiras e possibilita a realização de transações diretamente de uma conta para outra.
• A implementação da Jornada Sem Redirecionamento (JSR) elimina etapas nos pagamentos digitais, oferecendo novas soluções como o Pix por Aproximação.
• Embora o Pix e o Open Finance sejam sistemas distintos, ambos fazem parte da agenda de inovação do Banco Central do Brasil.

 

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