A digitalização financeira tem transformado rapidamente o setor de pagamentos na América Latina, tornando serviços bancários, transferências e investimentos mais ágeis, seguros e acessíveis. Esse movimento não só facilita o dia a dia dos consumidores, mas também promove maior inclusão financeira e moderniza todo o sistema de pagamentos da região.
A pandemia acelerou ainda mais essa transformação, estimulando a adoção de tecnologias digitais e impulsionando o crescimento de soluções como pagamentos instantâneos, carteiras digitais e bancos 100% digitais. Países como Brasil, México, Colômbia, Argentina e Chile se destacam nesse cenário, cada um com soluções adaptadas às necessidades locais e ao contexto regulatório.
Neste artigo, mostraremos como a digitalização financeira tem impactado a América Latina, quais tecnologias estão impulsionando essa transformação e de que forma plataformas robustas, como as oferecidas pela Dock, apoiam bancos e fintechs a lançar produtos digitais de forma ágil e segura.
O que é digitalização financeira e por que ela é estratégica
Digitalização financeira é o uso de tecnologia para tornar serviços financeiros, pagamentos e investimentos mais rápidos, fáceis e seguros. Ela engloba desde aplicativos para pagar contas ou transferir dinheiro até sistemas que conectam diferentes instituições de forma automática e confiável.
Com isso, operações que antes eram lentas ou burocráticas podem ser feitas em segundos, diretamente do celular ou computador.
Além de facilitar o dia a dia, a digitalização financeira contribui para a inclusão de pessoas que antes não tinham acesso a bancos e serviços bancários. Também moderniza todo o sistema de pagamentos, oferecendo mais transparência, controle e segurança.
Evolução do conceito e transformação digital no setor financeiro
A digitalização financeira começou com simples serviços online, mas evoluiu para um ecossistema integrado que envolve bancos digitais, pagamentos instantâneos e até Inteligência Artificial para prever necessidades. Hoje, ela não é mais um diferencial: é parte essencial de como o setor funciona e compete.
Benefícios para instituições e consumidores
Para as instituições, a digitalização reduz custos operacionais, aumenta a eficiência e abre espaço para criar produtos inovadores. Para os consumidores, traz mais opções, rapidez nas transações e facilidade para comparar serviços. Tudo isso ajuda a criar uma relação mais próxima e prática com o dinheiro.
O cenário da digitalização financeira na América Latina
A digitalização financeira cresce rapidamente na América Latina, impulsionada pela inclusão e pela modernização dos meios de pagamento. Entre 2017 e 2024, o número de fintechs na região aumentou 340%, segundo estudo da Mastercard e da Americas Market Intelligence. A expectativa é de que 35 milhões de pessoas acessem a Internet pela primeira vez entre 2024 e 2026, ampliando o público conectado e potencial de adoção de serviços digitais.
O Brasil lidera essa transformação com o Pix, que já ultrapassa 175 milhões de usuários. O México aposta no DiMo para expandir pagamentos instantâneos, enquanto a Colômbia se prepara para lançar o Bre-B, fortalecendo o uso do PSE.
Na Argentina, a inflação impulsiona soluções como criptomoedas e “Buy Now, Pay Later”, e no Chile, a modernização passa pelo sistema CPBV e pela expansão das carteiras digitais, que devem superar os cartões de débito até 2027, como mostra a segunda edição do estudo Terra de Oportunidades.
Soluções locais também ganham relevância. Na Colômbia, Nequi e Daviplata permitem enviar e receber dinheiro, pagar contas e fazer recargas diretamente pelo celular. No Peru, Yape e Plin oferecem pagamentos instantâneos.
Na Argentina, o Modo conecta bancos e fintechs, facilitando transferências e pagamentos digitais. No México, o SPEI, o CoDi e o DiMo realizam transferências interbancárias rápidas e seguras. Na Costa Rica, o SINPE Móvil permite pagamentos móveis imediatos, enquanto na Bolívia, o Simple facilita transações digitais simplificadas.
Esses sistemas, públicos ou privados, fechados ou interoperáveis, oferecem alternativas de pagamento adaptadas à realidade de cada mercado e contribuem para reduzir a dependência do dinheiro físico.
Vale lembrar que hoje, o dinheiro em espécie ainda representa 25% das vendas presenciais na América Latina, empatando com o uso do cartão de crédito. No entanto, conforme divulgado pela PCMI, há uma projeção de queda para 17% até 2030, acompanhada pelo avanço das carteiras digitais, que devem atingir 23% de participação, e pela consolidação de pagamentos instantâneos e bancos digitais como protagonistas do novo ecossistema financeiro latino-americano.
Principais motores da digitalização financeira
É fato que a digitalização financeira vem deixando tudo mais rápido, simples e acessível, seja para pagar, receber ou investir. Esse movimento é possível graças a alguns motores que aceleram a transformação em toda a América Latina:
Pagamentos instantâneos
Sistemas como o Pix no Brasil, o CoDi no México e as Transferencias 3.0 na Argentina encurtaram o tempo das transações para segundos, reduzindo custos e aumentando o alcance para milhões de pessoas. Essas soluções já fazem parte do dia a dia e ajudam a incluir mais pessoas no sistema financeiro.
Open Finance
Ao permitir que consumidores compartilhem seus dados financeiros com segurança, o Open Finance abre portas para produtos e serviços mais personalizados. Países da região avançam em diferentes velocidades, mas a tendência é que a interoperabilidade se torne padrão.
No Brasil, o modelo é referência regional, com um marco regulatório robusto desde 2020, atualizado em 2022. Chile e Colômbia também avançam, com exigências regulatórias claras, embora em ritmos diferentes. Já Argentina e Peru não possuem regulamentação específica, mas dão passos importantes.
Bancos e fintechs digitais
As instituições 100% digitais eliminam burocracias, oferecem tarifas mais baixas e ampliam o acesso ao crédito e a serviços bancários. Isso fortalece a competição e acelera a modernização do setor.
Inteligência Artificial e análise de dados
Ferramentas baseadas em IA tornam a experiência mais inteligente e eficiente, desde a oferta de produtos sob medida até a detecção de fraudes em tempo real. Assim, empresas ganham produtividade e clientes têm mais segurança e praticidade.
Infraestrutura tecnológica como base da digitalização financeira
Para que a digitalização financeira evolua, é preciso ter uma infraestrutura tecnológica sólida, que dê conta de processar muitas transações ao mesmo tempo sem perder segurança. Plataformas escaláveis, seguras e integradas são o alicerce que sustenta serviços digitais de qualidade para empresas e consumidores.
Nesse sentido, a interoperabilidade entre sistemas garante que diferentes bancos, fintechs e prestadores de serviço consigam se conectar e trocar informações em tempo real. Isso permite transações rápidas, experiências unificadas e amplia o alcance de produtos financeiros, sem barreiras tecnológicas.
A Dock é um exemplo de fornecedora dessa base tecnológica, oferecendo infraestrutura completa para processamento de cartões, adquirência, serviços de banking e prevenção a fraudes. Com isso, empresas conseguem lançar produtos financeiros de forma mais ágil e segura, sem precisar criar tudo do zero.
Prevenção a fraudes e segurança digital
Se de um lado a digitalização financeira traz mais agilidade e conveniência, do outro também aumenta os desafios de segurança. Com mais transações acontecendo no ambiente online, cresce a necessidade de proteger dados, evitar golpes e garantir que cada operação seja legítima.
Tecnologias como tokenização, autenticação multifator e monitoramento em tempo real são essenciais para reduzir riscos. Elas protegem informações sensíveis, confirmam a identidade do usuário e identificam atividades suspeitas antes que causem prejuízos.
Empresas de tecnologia têm papel central nesse processo, criando e operando sistemas capazes de manter transações seguras em grande escala. Ao oferecer soluções robustas, permitem que bancos, fintechs e varejistas protejam clientes e mantenham a confiança no ambiente digital.
Desafios da digitalização financeira na América Latina
Embora a digitalização financeira avance na América Latina, a região ainda enfrenta desafios que podem limitar seu alcance e eficiência. Esses obstáculos envolvem aspectos sociais, tecnológicos e regulatórios, que precisam ser superados para que o mercado digital alcance seu pleno potencial.
Inclusão financeira e acesso à Internet
Grande parte da população, especialmente em áreas rurais, ainda tem acesso limitado à internet. Isso dificulta que pessoas usem serviços digitais e se beneficiem das soluções financeiras inovadoras, mantendo barreiras para a inclusão.
Regulação e interoperabilidade
Sistemas financeiros pouco integrados e normas regulatórias fragmentadas dificultam a operação entre plataformas e países. Regulamentações claras e interoperáveis são essenciais para permitir pagamentos e transações seguras e eficientes.
Custos de implementação e infraestrutura
Investir em plataformas escaláveis, seguras e integradas exige altos recursos financeiros e equipe especializada. Esses custos podem restringir a entrada de novos players e retardar a expansão de soluções digitais na região.
Como vimos, uma vez superadas essas barreiras, plataformas robustas e integradas são essenciais para avançar na digitalização financeira, e a Dock se destaca ao oferecer soluções completas, permitindo que bancos e fintechs lancem produtos digitais de forma ágil e confiável.
Se você quer acelerar a transformação digital do seu negócio, a Dock pode ajudar a estruturar a infraestrutura financeira necessária. Entre em contato e descubra como implementar soluções seguras e eficientes e impulsionar a digitalização financeira na América Latina!
Digitalização financeira: o que você viu neste artigo
- A digitalização financeira na América Latina vem crescendo rapidamente, impulsionada pela inclusão, modernização dos pagamentos e adoção acelerada de tecnologias durante a pandemia;
- Serviços digitais permitem transações rápidas e seguras, ampliando o acesso a bancos, investimentos e produtos financeiros, tornando o sistema mais transparente e eficiente.
- O Brasil lidera com o Pix, enquanto México, Colômbia, Argentina e Chile avançam com pagamentos instantâneos, carteiras digitais e soluções locais adaptadas a cada mercado.
- Ferramentas como Open Finance, bancos 100% digitais e inteligência artificial estão transformando a experiência do consumidor e aumentando a eficiência das instituições.
- Desafios ainda existem, incluindo acesso à internet, interoperabilidade, regulação e custos de infraestrutura, que podem limitar o crescimento da digitalização.
- Plataformas robustas e integradas, como as fornecidas pela Dock, permitem emissão de cartões, adquirência, banking e prevenção a fraudes, ajudando bancos e fintechs a lançar produtos digitais de forma ágil e segura.
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