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[Febraban Tech 2025] Tokenização de dados: segurança e eficiência para o futuro financeiro digital

Publicado em 27 maio 2025. 12 minutos de leitura
[Febraban Tech 2025] Tokenização de dados: segurança e eficiência para o futuro financeiro digital

Nos últimos anos, a digitalização dos serviços financeiros transformou radicalmente a forma como consumidores e empresas interagem com o dinheiro – e a tokenização de dados se tornou cada vez mais crucial.

Pagamentos por aproximação, carteiras digitais e pagamentos instantâneos fazem parte do cotidiano de milhões de pessoas. Como consequência dessa evolução, o volume de dados sensíveis que circulam em ambientes digitais, como, por exemplo, números de cartão de crédito, documentos pessoais e informações bancárias, aumentou consideravelmente.

Essa alta circulação de dados pessoais e financeiros online criou um ambiente propício para ataques maliciosos e vazamentos de informações sensíveis. Uma comprovação disso está no fato de que, no Brasil, 51% da população sofreu algum tipo de tentativa de fraude financeira em 2024, segundo pesquisa da Serasa Experian. Foram mais de 11 milhões de registros de golpes financeiros durante o ano passado.

Nesse contexto, a segurança e a confiabilidade digital tornou-se uma prioridade para o setor financeiro, e a tokenização de dados surge como uma das tecnologias mais eficazes para garantir a segurança e a privacidade das informações sensíveis. Por representar uma mudança estrutural na forma como as empresas lidam com dados, essa tecnologia será um dos temas centrais do Febraban Tech 2025, maior evento de inovação do setor financeiro no Brasil, que conta com a participação da Dock.

 

O que é tokenização de dados?

 

A tokenização de dados é uma técnica que substitui dados confidenciais – como, por exemplo, CPF ou o número de cartão – por tokens, que são códigos aleatórios formados por letras, símbolos e números. Essa linha codificada é gerada aleatoriamente e não possui valor fora do ambiente seguro que os gerou. Sendo assim, mesmo que um invasor obtenha acesso, ele não poderá utilizá-lo para acessar os dados reais, pois ele se torna inútil fora do seu contexto de uso.

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Ao realizar uma compra online, por exemplo, em vez de o número real do seu cartão de crédito ser transmitido e armazenado, o sistema de segurança gera um token que representa aquele cartão especificamente para aquela transação ou plataforma. O dado original permanece seguro em um cofre digital, chamado de “token vault“, enquanto o seu “representante” está sendo utilizado no contexto das transações.

 

Diferença entre tokenização e criptografia

 

Enquanto a criptografia embaralha os dados usando fórmulas matemáticas complexas e algoritmos que só podem ser decifrados com uma chave correta, a tokenização substitui completamente os dados sensíveis por um código que não guarda nenhuma relação lógica com a informação original.

Isso significa que, mesmo que alguém intercepte esse token, ele será inútil fora do sistema seguro que o criou. Já a criptografia, se a chave for descoberta, permite que se faça uma “engenharia reversa” no código, garantindo acesso ao dado original.

Por isso, a tokenização de dados é considerada uma solução mais eficaz para manter a confidencialidade de dados críticos, principalmente em ambientes como o setor financeiro, onde a proteção precisa ir além da superfície e resistir até a possíveis falhas em outras camadas de segurança.

 

Tipos de tokenização

  • Proteção de dados pessoais: como CPF, e-mail ou dados bancários;
  • Transações financeiras: como pagamentos por cartão ou via apps;
  • Representação de ativos: como imóveis, safras agrícolas ou obras de arte digitalizadas em blockchain.

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Tokenização de dados e a nova economia digital

 

Com o avanço de tecnologias como o blockchain, a tokenização deixou de ser apenas um mecanismo de segurança e passou a desempenhar um papel ativo na criação de novos modelos econômicos para bancos, fintechs e instituições financeiras.

No Febraban Tech 2025, diferentes painéis abordarão como a tokenização, ao lado da IA no setor financeiro, Open Finance, pagamentos instantâneos e criptoativos, estão moldando um novo paradigma para os serviços financeiros, trazendo mais segurança, automatização e inclusão.

 

A economia tokenizada avança: stablecoins e ativos digitais

 

A chamada tokenização de ativos representa a digitalização de bens do mundo real, como, por exemplo, imóveis, commodities ou títulos financeiros, em unidades digitais negociáveis chamadas tokens. Esses tokens funcionam como uma “prova digital” de propriedade, valor ou participação em determinado ativo. Essa é a Economia Tokenizada.

 

Como funciona na prática?

 

O processo de tokenização de ativos envolve:

  1. Identificação do ativo real: pode ser um imóvel, uma safra, um contrato ou um título financeiro.
  2. Digitalização e fracionamento: o ativo é representado por um ou mais tokens digitais. Por exemplo, um prédio pode ser dividido em 1.000 tokens, cada um representando 0,1% da propriedade.
  3. Registro em blockchain: os tokens são registrados em uma rede segura e imutável, garantindo rastreabilidade e transparência.
  4. Negociação: esses tokens podem ser comprados, vendidos ou transferidos por investidores em plataformas autorizadas.

 

Benefícios da tokenização

  • Liquidez: ativos tradicionalmente ilíquidos, como imóveis e commodities, podem ser negociados em frações.
  • Democratização: investidores com menor capital podem adquirir pequenas parcelas de ativos antes restritos.
  • Automatização: com o uso de smart contracts, pagamentos, rendimentos e repasses podem ser automatizados.

 

Stablecoins e a tokenização do dinheiro

 

Além de representar ativos como imóveis e commodities, a tokenização também se aplica ao dinheiro em si, especialmente por meio das chamadas stablecoins. Trata-se de criptomoedas lastreadas em moedas fiduciárias, como o real ou o dólar, que buscam oferecer estabilidade de valor no ambiente digital.

Essas moedas digitais utilizam a tokenização para representar, de forma segura e rastreável, valores tradicionais. Elas são amplamente utilizadas em plataformas de pagamentos, transferências internacionais, negociações em blockchain e, cada vez mais, em iniciativas reguladas por bancos centrais.

Um exemplo relevante é o Drex, a moeda digital do Banco Central do Brasil, que utilizará tokens programáveis para permitir funcionalidades avançadas, como liquidação instantânea, automação via smart contracts e rastreabilidade. Esses recursos colocam o Brasil entre os países que mais avançaram em testes de moedas digitais emitidas por bancos centrais, as chamadas “CBDCs”.

 

Tokenização para além do mundo financeiro

 

A tokenização tem aplicações além do setor financeiro. No mercado imobiliário, ela viabiliza o fracionamento de empreendimentos e reduz burocracias. No agronegócio, facilita o acesso ao crédito por meio da tokenização de safra. Já no mercado de arte, NFTs permitem a comprovação de autenticidade e propriedade de obras digitais.

 

Casos práticos de tokenização de ativos

  • Tokens de obras de arte têm ganhado destaque. Com o uso de NFTs (tokens não fungíveis), artistas, galerias e colecionadores passaram a tokenizar peças físicas ou digitais, registrando sua autenticidade, procedência e propriedade em blockchain.
  • Tokens imobiliários, por exemplo, permitem a compra e venda de frações de imóveis por meio de plataformas digitais.
  • Tokens agrícolas têm sido utilizados para representar digitalmente uma parte da produção do campo, como grãos, frutas ou café, permitindo uma melhor negociação de suas safras.

 

Privacidade e segurança para os serviços financeiros

 

A tokenização de dados funciona como um escudo que protege as informações sensíveis em diferentes etapas do ciclo de vida dos dados: desde o momento da coleta, passando pelo armazenamento, processamento e até a transmissão dessas informações.

No contexto do sistema financeiro, isso significa que dados críticos de clientes, como, por exemplo, números de cartão, CPF, chaves Pix e credenciais bancárias, não circulam abertamente entre sistemas, aplicativos e dispositivos. Em vez disso, são substituídos por tokens únicos e contextuais, que só fazem sentido dentro do ambiente autorizado.

Essa abordagem se torna ainda mais eficaz quando combinada com outras tecnologias emergentes. A integração da tokenização com biometria, Inteligência Artificial e autenticação multifatorial cria uma arquitetura de segurança em camadas, onde cada etapa oferece uma barreira adicional contra fraudes:

  • A IA analisa padrões comportamentais e identifica anomalias em tempo real;
  • A biometria assegura que só o usuário autorizado possa validar transações;
  • A tokenização garante que, mesmo em caso de violação, os dados expostos não tenham utilidade.

Esse modelo permite que instituições financeiras operem com fluxos complexos, como pagamentos recorrentes, integração com carteiras digitais, APIs abertas no contexto de Open Finance e transações internacionais, sem comprometer a segurança.

Além disso, a tokenização de dados está alinhada às principais normas e frameworks regulatórios e de segurança:

  • LGPD e GDPR: ao anonimizar dados pessoais, reduz a exposição e facilita a conformidade;
  • PCI DSS: ao substituir o armazenamento de dados reais por tokens, reduz em até 80% o escopo de auditorias obrigatórias;
  • Open Finance: tokens temporários são usados como chave de acesso a dados entre instituições, aumentando o controle e a rastreabilidade sobre o compartilhamento de informações.

 

Privacidade e segurança no setor de banking e pagamentos

 

Mais do que uma boa prática, a tokenização é um diferencial competitivo para empresas do setor financeiro. Sua aplicação vai além da proteção de dados sensíveis: ela redefine o funcionamento de transações, processos de compliance e experiências de pagamento em um ecossistema cada vez mais digital e distribuído.

Entre seus principais impactos positivos, destacam-se:

  • Redução de fraudes e vazamentos: ao substituir dados reais por tokens, diminui-se a superfície de ataque e o potencial de uso indevido da informação;
  • Menores custos com compliance e operação: a tokenização reduz o escopo de auditorias de segurança e minimiza a complexidade de gestão de dados sensíveis;
  • Pagamentos mais fluidos e seguros: tokens dinâmicos, integrados a dispositivos e carteiras digitais, aumentam a taxa de aprovação de transações e reduzem fricções para o usuário;
  • Confiança do consumidor: saber que seus dados não são armazenados diretamente eleva a percepção de segurança e fideliza clientes;
  • Habilitação de modelos emergentes: soluções baseadas em tokenização viabilizam iniciativas como Embedded Finance, Open Banking, stablecoins e inovação regulada.

 

Dock: tokenização para cartões de pagamento

 

A Dock oferece uma solução completa de tokenização para emissores de cartões, carteiras digitais e empresas que desejam operar pagamentos de forma segura e escalável. A tecnologia foi desenvolvida para atender desde grandes bancos até fintechs que buscam agilidade, conformidade e confiança em seus meios de pagamento.

Entre os principais recursos, destacam-se:

  • Proteção de dados sensíveis com base nas normas internacionais de segurança, como PCI DSS e os padrões da EMVCo, o que garante aderência regulatória e robustez contra vazamentos;
  • Integração direta com carteiras digitais líderes de mercado, como Google Pay, Apple Pay e Samsung Pay, permitindo experiências de pagamento fluídas e omnichannel para os clientes finais;
  • Geração de tokens dinâmicos, vinculados a dispositivos, aplicações ou canais específicos, garantindo que os tokens só possam ser utilizados em contextos autorizados, reduzindo a possibilidade de fraudes;
  • Gerenciamento completo do ciclo de vida do token, com funcionalidades de emissão, atualização automática (por exemplo, em caso de renovação do cartão) e revogação segura, o que permite respostas rápidas a incidentes sem comprometer a experiência do cliente.

Além disso, a infraestrutura da Dock oferece escalabilidade, monitoramento em tempo real e integração via APIs, facilitando a adoção por parte das empresas e garantindo uma performance consistente. Com essa solução, nossos clientes observam aumento nas taxas de autorização de transações, redução significativa nos índices de chargeback e melhora na percepção de segurança por parte dos usuários finais.

 

Tokenização de dados: o que você viu neste artigo

 

  • A tokenização de dados substitui dados sensíveis, como números de cartão ou CPF, por códigos aleatórios (tokens), tornando essas informações inúteis em caso de vazamento.
  • Ela aumenta a segurança das transações financeiras e protege a privacidade dos usuários, atendendo a normas como LGPD, PCI DSS e Open Finance.
  • Vai além da proteção de dados: permite a criação de modelos inovadores, como a compra fracionada de imóveis, safras e obras de arte por meio de tokens digitais.
  • Funciona melhor quando integrada com outras tecnologias, como IA, biometria e autenticação multifatorial, criando uma proteção em camadas, em especial para o setor financeiro.
  • A Dock oferece uma solução robusta de tokenização para emissores de cartões, com integração a carteiras digitais e benefícios como aumento de aprovações, redução de fraudes e escalabilidade para empresas.

 

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